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Política

Eleições 2026 em Goiás: Para Além dos Números, os vetores que definirão o cenário político e eleitoral

Publicada em 20/04/25 às 10:29h - 31 visualizações

Rádio Rir Brasil - Itapuranga-Goias : Direção: Ronaldo Castro - 62 9 9 6 0 8-5 6 9 5


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Eleições 2026 em Goiás: Para Além dos Números, os vetores que definirão o cenário político e eleitoral
 (Foto: Rádio Rir Brasil - Itapuranga-Goias : Direção: Ronaldo Castro - 62 9 9 6 0 8-5 6 9 5 )

Diretor do Grupom analisa números da pesquisa Veritá para o governo do Estado com os nomes de Daniel Vilela, Wilder Morais, Marconi Perillo e Adriana Accorsi

Mario Rodrigues Neto – Diretor da GRUPOM Consultoria – mariorneto@grupom.com.br

 

As eleições de 2026 em Goiás começam a delinear um cenário competitivo e multifacetado. A pesquisa do instituto Veritá, aplicada exclusivamente em  Goiânia no mês de abril de 2025, oferece um recorte inicial relevante, mas insuficiente para captar a totalidade do ambiente político-eleitoral do estado.

Com base nos resultados da pesquisa e nas observações do artigo assinado por Wilson Silvestre do jornal O Hoje, esta análise busca destacar elementos não imediatamente visíveis, mas essenciais para compreender os rumos da disputa.

 

Daniel Vilela tem como trunfos a popularidade do governador Caiado e o apoio de lideranças de Aparecida de Goiânia, como o ex-prefeito Gustavo Mendanha

Daniel Vilela: Exposição, Recall Institucional e o Desafio da Imagem

Daniel Vilela lidera a pesquisa estimulada com 36,8% das intenções de voto entre os eleitores da capital. Sua posição reflete o alto nível de conhecimento junto ao eleitorado e sua vinculação direta com a gestão estadual atual, da qual é vice-governador.

A liderança de Daniel, portanto, não decorre apenas de capital político próprio, mas sobretudo da transferência simbólica da popularidade de  Ronaldo Caiado, que goza de aprovação superior a 80% em Goiânia.

No entanto, o desempenho de Daniel deve ser analisado com cautela. Sua imagem permanece praticamente intacta em termos de enfrentamento eleitoral. Ainda não se verificou exposição a conteúdos de desconstrução, nem oposição sistemática por parte de adversários. A experiência acumulada em pesquisas eleitorais indica que candidatos em situação de liderança sem histórico de desgaste são mais vulneráveis a retrações quando submetidos à crítica sistemática e ao escrutínio do debate público.

Senador Wilder Moraes, ex-presidente Bolsonaro e vereador Vitor Hugo podem correr em faixa própria ou em aliança com Daniel Vilela em 2026

Wilder Morais: Visibilidade Municipal e o Desafio da Consistência Estadual

Wilder Morais aparece com 24,5% das intenções de voto, consolidando-se como o segundo nome mais citado no universo pesquisado. A hipótese predominante para esse desempenho está associada à eleição municipal de 2024 em Goiânia, onde o candidato Fred Rodrigues (PL), diretamente vinculado a Wilder e ao partido, alcançou o segundo turno, resultado considerado improvável até então.

Wilder, presidente estadual do PL e padrinho político de Fred, esteve fortemente presente na campanha municipal, o que reforçou sua visibilidade entre os eleitores da capital. No entanto, essa popularidade deve ser interpretada como conjuntural. Dados de pesquisas anteriores demonstram que a população tem dificuldade em avaliar a atuação de senadores, o que reforça a ideia de que o desempenho de Wilder está vinculado ao ambiente político local e não necessariamente à sua atuação parlamentar.

Sua rejeição é relativamente baixa (12,6%), o que indica potencial de crescimento. Entretanto, permanece a incógnita sobre sua capilaridade no interior, componente tradicionalmente decisivo nas eleições goianas para o Executivo estadual.

 

O ex-governador Marconi Perillo já fez parcerias com Lula no seus governos e pode retomar o diálogo com o petista para 2026

Marconi Perillo: Rejeição na Capital e Força Residual no Interior

Com 14,5% das intenções de voto estimuladas e rejeição de 30,2% na capital, Marconi Perillo enfrenta um ambiente adverso em Goiânia. No entanto, esse diagnóstico não pode ser generalizado para o estado como um todo. Pesquisas de diferentes institutos, inclusive da Grupom, demonstram que Marconi apresenta desempenho superior no interior, frequentemente ocupando a segunda posição nas intenções de voto.

Esse fenômeno está em linha com o padrão histórico do comportamento eleitoral em Goiás, onde os governadores geralmente são eleitos a partir de articulações e apoios construídos no interior e, posteriormente, consolidados na capital. Não há evidência, até o momento, de que essa lógica tenha se alterado de forma estrutural.  A possível nostalgia por gestões anteriores pode funcionar como ativo simbólico, mas ainda não está claro se o eleitorado interiorano enxerga Marconi como alternativa viável para o futuro ou apenas como referência do passado.

Adriana Accorsi tem como ponto forte o recall da última campanha para prefeitura de Goiânia

Adriana Accorsi: Densidade Partidária e o Limite da Rejeição

Adriana Accorsi, representante do PT, registra 24,2% das intenções de voto estimuladas, desempenho que revela a força da legenda entre determinados segmentos da capital, especialmente entre eleitores mais jovens e de menor renda. No entanto, a candidata enfrenta uma rejeição muito elevada (48,8%), a maior entre os nomes testados. Esse dado impõe um limite objetivo ao seu crescimento, restringindo sua competitividade em um eventual segundo turno. Embora o PT possua base sólida e militância ativa, a resistência de segmentos mais amplos do eleitorado goiano à legenda representa um desafio estrutural à viabilidade da candidatura, especialmente fora da capital.

 

Pesquisa Veritá comentada na edição do dia 12/13 de abril, da Coluna Xadrez (jornal O Hoje), do jornalista Wilson Silvrestre

Dimensões Estratégicas para Análise Complementar

A pesquisa Veritá oferece um retrato válido de Goiânia, mas o processo eleitoral em Goiás exige leitura multifatorial. Abaixo, destacam-se vetores analíticos relevantes que deverão ser incorporados nas próximas análises:

  • Interiorização do Voto: Municípios como Rio Verde, Jataí, Catalão, Itumbiara eLuziânia representam polos decisivos.
  • Segmentação Eleitoral: Comportamento de jovens, aposentados, empresários, servidores públicos, população evangélica e agricultores.
  • Temas Mobilizadores: Saúde, segurança pública, geração de emprego e infraestrutura serão centrais na decisão do voto.
  • Configuração das Alianças: A composição partidária e o apoio de lideranças regionais influenciarão diretamente a disputa.
  • Rejeição e Potencial de Crescimento: Devem ser avaliados de forma cruzada com intenção de voto e grau de conhecimento.
  • Entorno do DF: Municípios como Valparaíso, Águas Lindas e Novo Gama têm demandas específicas que precisam ser consideradas.
  • Ambiente Econômico: A percepção da população sobre a economia impactará candidaturas da base governista e da oposição.

 

Limitações da Pesquisa Veritá e do Recorte Geográfico

A pesquisa do Instituto Veritá foi realizada apenas em Goiânia e, portanto, não  possui representatividade estadual. Embora a capital concentre um eleitorado politizado e de forte influência nas redes sociais e na imprensa, a análise do cenário eleitoral de Goiás exige amplitude geográfica e diversidade de perfis amostrais. Inferir tendências estaduais a partir de dados exclusivamente urbanos pode levar a conclusões enviesadas. A cultura política, o grau de exposição às candidaturas e as prioridades do eleitorado variam substancialmente entre capital, região metropolitana e interior.

A pesquisa Veritá, portanto, deve ser interpretada como um retrato parcial, útil para diagnóstico de imagem e comunicação na capital, mas insuficiente para  modelagem preditiva do cenário estadual.

 

Texto: Mario Neto, Diretor do Grupom Pesquisas, publicado nas redes sociais do autor

Edição: Onze de Maio




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