Carla Zambelli não foi julgada por ter corrido atrás do jornalista Luan Araujo, com uma arma em punho, pelas ruas de São Paulo, em outubro de 2022. O Tribunal Eleitoral entendeu que a parlamentar, que fica inelegível por 8 anos, cometeu abuso de poder político e que divulgou informações falsas sobre as eleições de 2022.
A juíza Claudia Bedotti, que havia pedido vista em dezembro, foi a última a proferir seu voto. O processo foi movido pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP). Ainda cabe recurso e a deputada poderá continuar no mandato até que os recursos sejam todos julgados pela Justiça Eleitoral.
Ainda cabe recurso e a deputada poderá continuar no mandato até que os recursos sejam todos julgados pela Justiça Eleitoral.
Revés para extrema-direita
A condenação da deputada Carla Zambelli pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, e por cinco a dois, muda o que era quase uma regra favorável à direita e à extrema direita em situações semelhantes. E pode reverter as expectativas mais adiante.
A regra não escrita, mas posta em prática por decisões dos TREs, era a de que todas as figuras com vínculos com a velha e a nova direita deveriam ser poupadas em julgamentos de investigações eleitorais em suas paróquias.
É assim em toda parte, inclusive na Região Sul. Em Santa Catarina, no Paraná e no Rio Grande do Sul, ficou consagrado que todos os extremistas escapavam.
E foi assim que muitos se deram bem, incluindo prefeitos, deputados, dois senadores (Sergio Moro e Jorge Seif) e o véio da Havan, poupado em pelo menos quatro casos, dois no Rio Grande do Sul e dois em Santa Catarina, por abuso de poder econômico.
O que acontecia depois, na maioria dos casos (Moro foi uma exceção) é que o Tribunal Superior Eleitoral revisava as decisões regionais.
A decisão se baseia nos vídeos que a bolsonarista que questionavam de forma criminosa a lisura das eleições em 2022, além de atacar ministros do STF.
Com DCM e Correio