Em artigo publicado neste sábado (23) no site Metrópoles, o ex-deputado federal José Dirceu defendeu que apenas um boicote pode a Israel pode “deter o governo de Netanyahu, fortalecer a causa palestina e contribuir para a paz”.
Veja o que o ex-ministro disse:
“O genocídio de Israel na Faixa de Gaza, que este mês completa um ano, já provocou a morte de mais de 38 mil palestinos, a maioria civis, e expulsou de suas casas a maioria das 2,3 milhões de pessoas que viviam no território. E não há solução à vista. Ao contrário, a guerra está se regionalizando. Netanyahu ameaça fazer do Líbano uma Gaza: Israel invadiu o país por terra, ampliou seus ataques ao Hezbollah e foi acusado pela Síria de atacar um depósito de armas no sul daquele país. (…)”
“Se não existe nenhum organismo multilateral capaz de promover negociações de paz — a ONU perdeu a autoridade que um dia teve, a ponto de seu secretário-geral ser declarado persona non grata por Israel —, os países podem e devem pressionar Israel. No dia 12, em coletiva no Vaticano, ao lado do papa Francisco, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, conclamou os países a interromperem imediatamente a exportação de armas para Israel, após seus ataques a soldados de paz da ONU no Líbano.”
“O Brasil já contribui para deter Israel em função da guerra no Oriente Médio. Por determinação do presidente Lula, foi suspenso um contrato de compra, que estava em andamento, de 36 viaturas blindadas de combate, conhecidas como obuseiros, da israelense Elbit Systems, uma das maiores fabricantes de armas e sistemas militares de Israel. (…)”
“Hoje o movimento de boicote a Israel ganha cada vez mais adesão, muito especialmente de entidades de direitos humanos espalhadas pelos cinco continentes (…)”
“No âmbito dos países, já são 13 as nações que se juntaram à África do Sul na ação que corre no Tribunal Internacional de Justiça, na qual se pede que o conflito em Gaza seja rotulado como genocídio e se aprove sua suspensão imediata. Seria importante que os Brics liderassem uma campanha global de boicote a Israel, para deter o governo de Netanyahu, fortalecer a causa palestina e contribuir para a paz.”
Fonte: DCM e Metrópoles