Pré-candidatos à Prefeitura de Senador Canedo, pelo PRD e pelo Agir, intimidaram pesquisadores do de Grupom, chegando a levar quatro deles a delegacia de polícia do município. Já advogados do Partido Liberal (PL) em Goiás ajuizaram ação contra o Instituto Serpes.
O Grupom e o Serpes são institutos de pesquisa com mais de 50 anos de atuação em Goiás e são respeitados tanto regionalmente, quanto nacionalmente.
Filiados a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep), Serpes e Grupom tem notória preocupação com a correção de suas pesquisas.
Em materia veiculada pelo jornal O Globo, e republicada pelo Onze de Maio, a Abep e o ministério público denunciaram a ploriferação de institutos de pesquisa em Goiás e no Brasil que fazem pesquisas sem critérios científicos, e sem devido registro dos levantamentos junto a Justiça Eleitoral, pré-requisito legal exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para tornar público os resultados das pesquisas.
Em entrevista ao jornal O Globo, Mario Rodrigues Filho, fundador do Instituto Grupom, com sede em Goiânia, diz que é criterioso no zelo com a credibilidade de sua empresa. Ele revela que grande parte das novas empresas que apareceram no mercado oferecendo pesquisas eleitorais de feitio promocional “não têm no seu portfólio e nem no seu registro de contrato social a realização de pesquisa de mercado ou de opinião.” O administrador ressalta que algumas empresas têm capital social inferior aos valores dos levantamentos que declaram autofinanciamento.
A alegação dos pré-candidatos de Senador Canedo é que seus nomes só foram inclusos na parte de rejeição da pesquisa. “Eu me senti prejudicado, porque eles vão ouvir aí 800 a 1000 pessoas. E é uma indução de rejeição”, disse Misael Oliveira, do PRD, em entrevista ao Jornal Opção.
Segundo o Opção, Misael, fez a denúncia na Delegacia de Polícia Civil de Senador Canedo onde quatro pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos. O pré-candidato diz que não sabe quem encomendou a pesquisa.
A censura dos partidos e pré-candidatos aos institutos é injustificada. É direito do contratante ou do instituto testar cenários num levantamento eleitoral. Se a questão “rejeição” é relevante para o contratante ou para o insttuto conhecer a realidade política local, ela será testada. Não há nada ilegal nestes testes.
A Justiça Eleitoral determina, no caso de pesquisas registradas, o acesso dos partidos aos questionários dos institutos e da metodologia aplicada. Somente nos casos de pesquisas para consumo interno, onde o contratante e o instituto não pretendem tornar público o levantamento, é que não há determinação legal para divulgação dos dados.
Tentativa de intimidação a institutos com mais de 50 anos de atuação não coaduna com o espírito democrático.