Após Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quitar antecipadamente 27 anos de pagamento de uma mansão adquirida por R$ 5,97 milhões em 2021, o escritor Marcelo Rubens Paiva usou suas redes sociais para questionar a origem da alta quantia financeira.
“Com que dinheiro?”, indagou Marcelo.
O senador tentou justificar ao jornal O Globo que, além da atividade parlamentar, é “empresário e advogado”. Perguntado sobre clientes e atividades empresariais, no entanto, ele se calou.
Na época, o fato chamou a atenção pelo elevado luxo do imóvel e pelo endereço. O local é conhecido por ser residência de famosos e milionários. Também casou estranheza no mercado imobiliário o preço da mansão alegado pelo senador. Segundo corretores a mansão vale, a preço de mercado, de R$ 12 milhões a R$ 14 milhões,ou seja, o dobro do valor.
O portal Metrópoles apurou que o financiamento feito por Flávio Bolsonaro junto ao Banco de Brasília (BRB), no valor de R$ 3,1 milhões foi feito em 360 parcelas, ou seja, em 30 anos, mas acabou quitado em apenas três anos.
O empréstimo foi questionado na Justiça do Distrito Federal pela deputada Erika Kokay (PT-DF), que ingressou com uma ação popular na qual apontava supostas irregularidades envolvendo a concessão do crédito. A 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) solicitou os documentos apresentados pelo senador para comprovação de renda e patrimônio.
Segundo o Estadão, o imóvel foi oficialmente quitado em 21 de março de 2024, com último pagamento de R$ 520,2 mil. Antes, o financiamento havia sido amortizado outras cinco vezes.
Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018, Flávio declarou ter o total de R$ 1,7 milhão em bens. Questionado sobre a mansão, o senador disse que a casa foi comprada com “recursos próprios”.
Com informações do Globo, Estadão, Br247 e Metrópoles