Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid disse à Polícia Federal que teria entregado uma parte do dinheiro da venda das joias em mãos ao ex-presidente durante uma viagem oficial a Nova York.
Conforme o depoimento de Cid à PF, vazado na tarde desta quarta-feira (19) à imprensa, o dinheiro vivo seria oriundo da negociação de relógios que Bolsonaro recebeu de autoridades estrangeiras, que pela lei brasileira seriam do Estado, mas que ele desviou e vendeu para, segundo o delator, ficar com os valores em papel moeda.
Segundo a Coluna de Igor Gadelha, no Jornal Metrópoles, o ex-ajudante de ordens informou que os recursos teriam sido entregues em espécie em setembro de 2022, quando Bolsonaro estava na cidade americana para fazer aquele que seria seu último discurso como presidente brasileiro na Assembleia Geral da ONU.
Cid disse que o dinheiro, um total de US$ 68 mil (cerca de R$ 350 mil) , seria referente a relógios de luxo recebidos por Bolsonaro de autoridades estrangeiras e vendidos pelo próprio tenente-coronel nos Estados Unidos em 2022.
O dinheiro da venda, relaou Cid, foi depositado em uma conta do pai dele, o general da reserva Mauro Lourena Cid, general reformado que morava em Miami, onde ele comandou o escritório da Agência Brasileira de Promoção e Exportações e Investimentos (Apex) durante o governo Bolsonaro.
Com informações do Metrópoles