onta-se, lá nas funduras dos bastidores, que Ana Paula Rezende (MDB) — a filha de Iris Rezende, quatro vezes prefeito de Goiânia — já havia aceitado ser vice do pré-candidato do União Brasil a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel.
Porém, ante uma declaração do empresário, colocando-a como coadjuvante do marido, Frederico Peixoto — sócio da construtora FGR —, Ana Paula Rezende recuou. Não significa que não aceita mais ser vice. Mas será mais difícil convencê-la a disputar. Nada contra Sandro Mabel em si. Mas tudo contra sua “boca grande” (o empresário, pré-redes sociais, não percebe que tudo que se diz agora vira, em dois minutos, uma bomba).
Sem Ana Paula, como fica o MDB — o partido mais forte de Goiânia? Um irista com trânsito forte no governo do Estado afirma: “No final o vice de Sandro Mabel será mesmo um integrante do MDB. Tirando o PL de Wilder Morais, Gustavo Gayer e Major Vitor Hugo, que seria importante para tirar seu pré-candidato do páreo, não faz sentido nenhum o MDB não ter o vice em Goiânia”.
Sem Ana Paula Rezende, a tendência é que o MDB apoie o ex-presidente do Tribunal de Contas dos Municípios Paulo Ortegal para vice de Sandro Mabel. “Braço direito de Iris Rezende, conhece Goiânia como as palmas de suas mãos. Dada sua ampla experiência no TCM e pelo fato de ter trabalhado com Iris Rezende, na Prefeitura de Goiânia, ele está preparado para administrar a capital, caso seja necessário”, afirma um aliado do governador Ronaldo Caiado.
“Paulo Ortegal, além da experiência como gestor, é um político afável, diplomático”, afirma o governista. O ex-vice-prefeito de Goiânia Agenor Mariano, vice-presidente metropolitano do MDB, costuma chamá-lo de “Itamaraty”, pelo fato de agregar, conciliar e não gerar arestas nem para si nem para os outros. (E.F.B.)