O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), rejeitou especulações de que poderia ser candidato nas eleições municipais de 2024, inclusive à prefeitura de Goiânia. “Não sou candidato de dois em dois anos, eu não faço política por oportunismo, faço por idealismo. Eu não sou candidato, e 2026 está longe e até lá eu vou avaliar como vai ser”, afirmou Perillo em entrevista coletiva.
O ex-governador conversou com jornalistas no escritório do advogado João Paulo Brzezinski, no Setor Marista, em Goiânia, com objetivo de comentar o arquivamento de ações contra seus governos, pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Segundo ele, a situação tinha “processos vazios” e baseados em perseguição política. Na prática, o tucano foi beneficiado por mudanças na Lei de Improbidade Administrativa.
Na estratégia eleitoral, Marconi aponta que “até 2026 o objetivo é usar todos os espaços possíveis para que eu possa me defender de todas as atrocidades que cometeram contra a mim nestes últimos cinco anos”, afirma. Marconi ainda afirmou que vai “manter a bandeira da oposição hasteada, lá no alto, falando tudo que precisa ser dito”.
“Não tenho medo do atual governador, por mais arbitrário, autoritário e perseguidor que ele seja. Vou continuar de cabeça erguida, falando o que eu penso, discordando de tudo aquilo que eu acho que tem que ser discordado e, ao mesmo tempo, concordando ou aplaudindo tudo aquilo que eventualmente eu considere certo”, disse o ex-governador.
O secretário estadual de Relações Institucionais, Lucas Vergílio, rebater as acusações de Perillo. “O ex-governador Marconi Perillo busca transformar um problema dele no âmbito da Justiça em uma disputa política para criar uma narrativa de vítima. Mas não cola. Até porque todos sabem que implacável contra os adversários era Marconi, que ganhou no meio político o apelido de Lampião”, disse.
A Comissão Especial de Inquérito (CEI)da Comurg, na Câmara Municipal aprovou ontem requerimentos de convocação dos diretores administrativos e financeiros da companhia e das Secretarias Municipais de Administração e Finanças. Também serão ouidos empresários e fornecedores. Ao todo, 24 requerimentos foram aprovados e os depoimentos serão iniciados na segunda-feira (27), às 14h.
“Também aprovamos requerimentos pedindo informações sobre quadros de funcionários, gratificações, sobre quem recebe gratificações por reuniões, enfim, para entender quanto a Comurg gasta com funcionários comissionados”, relatou o presidente da CEI, Ronilson Reis (PMB), que reforçou reclamações sobre inexistência de informações no portal da transparência da Companhia.
Ronilson ainda citou o edital, lançado pela prefeitura, para contratar empresa que assuma os serviços de coleta de lixo e varrição mecanizada, que hoje não responsabilidade da Comurg. Entre os pontos, o presidente da CEI cita suposto sobrepreço.
O vereador compara valores com edital recente em Brasília, com o mesmo objetivo. Segundo ele, a capital federal paga R$ 77 por quilômetro para a varrição mecanizada, enquanto a prefeitura de Goiânia estima no edital pagar R$ 180 pelo mesmo serviço.
“Além disso, o que a Comurg vai fazer com os mil servidores que hoje fazem esses serviços?”, questionou. Vereadores admitem que o edital não é alvo da CEI, mas levaram pedido de interrupção do procedimento ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), na última tarde.
A nova versão do programa Bolsa Família atenderá pelo menos 492 mil famílias nos 246 municípios goianos, com valor médio de R$ 684,34. Os dados foram apresentados pelo deputado federal Rubens Otoni (PT-GO). Com os beneficiários, Goiás é o estado com mias contemplados na Região Centro-Oeste.
A soma dos repasses mensais representa R$ 336 milhões. Goiânia é o município com maior número de beneficiários (70.527 famílias, com valor médio de R$ 676,43), com investimento de R$ 47,7. Outros cinco municípios do estado somam mais de 12 mil beneficiários: Águas Lindas (27.579), Luziânia (24.671), Aparecida de Goiânia (17.508), Planaltina (13.021) e Rio Verde (12.127).
O novo Bolsa Família prevê repasse mínimo de R$ 600 e inclui o Benefício Primeira Infância, que garante um adicional de R$ 150 a cada criança entre 0 e 6 anos na composição familiar. São 8,9 milhões de pequenos nessa faixa etária em todo o país, e um investimento de R$ 1,3 bilhão. Em Goiás, 267.656 crianças estão entre as beneficiárias.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira mais 150 suspeitos de participarem dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Das pessoas denunciadas, 134 são acusadas de incitarem os crimes e 16 de executarem.
Ao todo, 1.187 pessoas já foram denunciadas pela PGR pela suspeita de participação nos atos. Os acusados de incitação foram presos no Quartel-General do Exército, em Brasília, no dia seguinte ao ataque às sedes dos Três Poderes. Já os denunciados pela execução foram detidos em flagrante dentro do Palácio do Planalto, no próprio dia 8 de janeiro.
