Dois “técnicos” — Antônio Caldas, da PUC, e Yussef Campos, da UFG — saíram na frente para a disputa da direção do Iphan em Goiás.
O cargo será instrumento de negociação com a base política do governo do presidente Lula da Silva em Goiás. Portanto, estão de olho no cargo, que é importante, o PT, o PSB, o PDT, o pP e o União Brasil.
Então, a indicação tende a ser política, ainda que o ocupante do cargo seja, digamos assim, um técnico do porte de Antônio Caldas, que é apontado por várias fontes como “preparadíssimo”, do tipo hors concours. O professor Wolmir Amado, que foi candidato do PT a governador de Goiás em 2022, é um dos apoiadores do mestre, considerado como “príncipe dos arquivos”.
Yussef Campos tem o apoio de alguns professores da Universidade Federal de Goiás e de algumas entidades.
Porém, se depender exclusivamente do PT, uma petista-raiz, Marina Sant’Anna, ex-vereadora e ex-deputada, será a comandante-em-chefe do Iphan em Goiás.
Advogada, Marina Sant’Anna não é uma técnica como Antônio Caldas e Yussef Campos. Porém, do ponto de vista político, é mais articulada do que os dois concorrentes, o que pode favorecer o desempenho do Iphan.
Marina Sant’Anna é uma respeitada militante e líder histórica do PT, com contatos amplos com o PT estadual — leia-se Pedro Wilson, Rubens Otoni, Adriana Accorsi, Luis Cesar Bueno, Mauro Rubem, Olavo Noleto, entre outros — e com o PT nacional (Lula da Silva, para ficar num único nome).