O presidente do Chile, Gabriel Boric, foi denunciado por assédio sexual pela segunda vez. A denúncia, que se tornou publica nesta semana, foi apresentada na Procuradoria Regional de Magalhães, referia-se a um suposto incidente ocorrido em 2013, quando Boric, na época com 27 anos e recém-formado em direito, teria assediado uma mulher que havia acabado de concluir a faculdade.
A vítima, atualmente com 38 anos, relatou que o assédio ocorreu após o término da sua graduação e que, na época, Boric era um dos principais líderes estudantis do país. Em resposta às acusações, a defesa do presidente negou qualquer envolvimento em atos de assédio, afirmando que Boric nunca teve qualquer tipo de relação afetiva ou amizade com a mulher e que eles não tem contato desde julho de 2014.
O advogado de Boric, Jonatan Valenzuela, afirmou que a denúncia foi apresentada por uma mulher que, entre 2013 e 2014, enviou ao presidente 25 e-mails, incluindo um com imagens explícitas, sem solicitação ou consentimento. Segundo Valenzuela, esses e-mails foram entregues ao Ministério Público, como parte da defesa de Boric.
O caso, que permanece sob investigação sigilosa, ocorre em meio a um momento turbulento para o governo chileno. Recentemente, o ex-ministro da Segurança, Manuel Monsalve, foi preso preventivamente por acusações de abuso sexual e estupro, o que aumentou a pressão sobre a administração de Boric.
O presidente, que concluirá seu mandato de quatro anos em 2026, não poderá se reeleger. O processo de investigação contra ele ainda está em andamento, e a Justiça chilena deve decidir se a imunidade presidencial será suspensa para possibilitar o julgamento.
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