Faltando poucos dias para as eleições nos Estados Unidos, no dia 5 de novembro, as pesquisas mostram que a disputa está acirrada.
A grande questão é: o resultado vai significar um segundo mandato de Donald Trump ou Kamala Harris será eleita a primeira mulher presidente dos EUA?
À medida que o dia da eleição se aproxima, vamos acompanhar as pesquisas de intenção de votos — e observar que efeito grandes eventos vão ter na corrida pela Casa Branca.
Harris está à frente de Trump nas médias nacionais de pesquisas, conforme mostrado no gráfico abaixo. As médias dos dois candidatos nas últimas pesquisas são apresentadas abaixo, arredondadas para o número inteiro mais próximo.
Nos meses que antecederam a decisão de Joe Biden de desistir da candidatura em favor de Kamala, as pesquisas o mostraram consistentemente atrás do ex-presidente Trump. Mas a corrida ficou mais acirrada quando Harris entrou na campanha. Ela conseguiu uma pequena liderança que mantém desde então.
Em 10 de setembro, os dois candidatos se enfrentaram em um debate televisionado na Pensilvânia em 10 de setembro, que pouco mais de 67 milhões de pessoas sintonizaram para assistir.
Recentemente, a distância entre Trump e Harris diminuiu, o que fica visível no rastreador de pesquisas abaixo, com as linhas de tendência mostrando como as médias mudaram e os pontos mostrando os resultados individuais das pesquisas para cada candidato.
Embora estas pesquisas nacionais sejam um guia útil sobre a popularidade de um candidato em todo o país, elas não são necessariamente uma maneira precisa de prever o resultado da eleição.
Isso acontece porque os EUA utilizam um sistema de Colégio Eleitoral para eleger seu presidente, então conseguir a maioria dos votos pode ser menos importante do que onde eles são conquistados.
Há 50 Estados nos EUA, mas como a maioria deles quase sempre dá a vitória a um mesmo partido, na verdade há apenas um punhado em que ambos os candidatos têm chance de vencer. Conhecidos como Estados-pêndulo, eles são os lugares onde a eleição vai ser decidida.
No momento, as pesquisas estão muito apertadas nos sete Estados considerados decisivos para a disputa, o que torna difícil saber quem realmente está liderando a corrida eleitoral.
Há menos pesquisas estaduais do que nacionais, então temos menos dados para trabalhar — e cada pesquisa tem uma margem de erro que significa que os números podem ser maiores ou menores.
Da forma como está, as pesquisas recentes sugerem que há um ou menos de um ponto percentual separando os dois candidatos em vários Estados. Isso inclui a Pensilvânia, que é fundamental, uma vez que tem o maior número de votos no Colégio Eleitoral — e, por isso, torna mais fácil para o vencedor alcançar os 270 votos necessários.
Pensilvânia, Michigan e Wisconsin eram todos redutos democratas antes de Trump torná-los republicanos na sua trajetória para conquistar a presidência em 2016. Biden os reconquistou em 2020, e se Harris conseguir fazer o mesmo este ano, ela vai estar a caminho de ganhar a eleição.
Em um sinal de como a corrida eleitoral mudou desde que Harris se tornou a candidata democrata, no dia em que Joe Biden desistiu da disputa, ele estava atrás de Trump por quase cinco pontos percentuais, em média, nestes sete Estados decisivos.
Os números que usamos nos gráficos acima são médias criadas pelo site de análise de pesquisas 538, que faz parte da rede de notícias americana ABC News.
Para criá-las, o 538 coleta dados de pesquisas individuais realizadas tanto nacionalmente quanto em Estados-pêndulo por várias empresas de pesquisa.
Como parte de seu controle de qualidade, o 538 inclui apenas pesquisas de empresas que atendem a certos critérios, como ser transparente sobre quantas pessoas entrevistaram, quando a pesquisa foi realizada e como a pesquisa foi conduzida (por telefone, mensagem de texto, online, etc.).
No momento, as pesquisas sugerem que Kamala Harris e Donald Trump estão a alguns pontos percentuais um do outro, tanto nacionalmente quanto em Estados decisivos — e quando a disputa é tão acirrada, é muito difícil prever os vencedores.
As pesquisas subestimaram o apoio a Trump tanto em 2016 quanto em 2020. As empresas de pesquisa tentam corrigir esse problema de várias maneiras, inclusive como fazer com que seus resultados reflitam a composição da população que vota.
Esses ajustes são difíceis de acertar, e os pesquisadores ainda precisam fazer suposições baseadas em outros fatores, como quem realmente vai comparecer para votar em 5 de novembro.
Escrito e produzido por Mike Hills e Libby Rogers. Design de Joy Roxas.
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