Morreu nesta sexta-feira (12/4) o estilista italiano Roberto Cavalli, aos 83 anos. Ele morava em Florença e, de acordo com a mídia italiana, estava "doente fazia tempo". Deixou seis filhos e um legado na alta costura.
Cavalli nasceu em 15 de novembro de 1940 e se tornou órfão cedo, quando o pai foi levado por nazistas em Arezzo, no centro da Itália.
Formou-se na Academia de Artes de Florença. Nos anos 1970, começou a trabalhar com estampas em couro, criando patchwork de diferentes materiais e cores. Nesta época, apresentou no Salão de Paris sua primeira coleção.
Em Saint-Tropez, na França, abriu um negócio de jeans usados e customizados de maneira única, que atraía celebridades como Brigitte Barsot e Mick Jagger.
Na segunda metade dos anos 1990, o sucesso da marca Roberto Cavalli alcançou 36 países. Chiffon e seda, transparências, sensualidade e estampas animal print se tornaram sua marca registrada.
Em sua última entrevista, o estilista afirmou que seu vestido preferido era um modelo com cabeça de tigre estampada que Cindy Crawford vestiu na Piazza di Spagna, em Roma. "Era lindo e me representava, porque falava de natureza como as fotos das minhas flores e dos meus animais. Depois, muitos copiaram, mas bastou para mim ser o primeiro", lembrou.
Em 2015, a marca Roberto Cavalli foi vendida e, em 2019, mudou de dono novamente, passando para as mãos da Vision Investment Co.
"O que me faz falta é criar", dizia ele nos últimos anos, de acordo com o jornal italiano Corriere della Sera. "Me sinto incapaz, incapaz por tudo aquilo que não faço, mas gostaria de fazer. [...] Minha força creativa ainda está inteira dentro de mim, não sairá jamais. Continuo a me expressar com a fotografia, assim vivo".