O presidente da Argentina, Javier Milei, tem buscado cumprir o que prometeu na campanha: implementar uma "terapia de choque" liberal para a crise econômica do país.
Emitiu um "decretaço" com mais de 300 medidas de desregulamentação econômica que ele disse serem de urgência e que seguirão em vigor ao menos que o Congresso o vete.
Ele também enviou ao Parlamento um megapacote com mais de 600 projetos de leis, intitulado "Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos", que ainda precisa ser chancelado pelo Legislativo, onde ele não tem maioria.
Apesar de mexer com uma ampla gama de forças sociais e econômicas, a avaliação de especialistas ouvidos pela BBC News Brasil é que o fator mais importante para que Milei consiga levar adiante seu projeto de "revolução liberal" — ou libertária, como ele define — não é conseguir o beneplácito dos parlamentares.
Não é nem mesmo resistir aos embates com os poderosos movimentos sindicais, que já marcaram para 24 de janeiro a primeira greve geral no país, com previsão de 12 horas de duração.