Uma atmosfera acolhedora recebe os congregantes que se juntam à Igreja Ortodoxa Russa, escondidos em uma rua lateral despretensiosa, mas esburacada na capital da República Centro-Africana (RCA).
À primeira vista, não há nada de extraordinário na cena de manhã de domingo no país majoritariamente cristão.
Mas Saint-André-Apôtre, a cerca de 20 minutos de carro do centro de Bangui, passou a simbolizar, para alguns, os laços amigáveis entre a Rússia e a RCA.
Vestido com um manto branco até o chão coberto por uma capa dourada, o padre Serguei Voyemawa, que dirige a única Igreja Ortodoxa Russa do país, anda por aí recitando orações e balançando um queimador de incenso enquanto a congregação observa todos os seus movimentos.
As paredes do modesto edifício, de piso de concreto e telhado de alumínio apoiados por vigas de madeira, são adornadas com imagens de santos pintadas à mão, enquanto meia dúzia de velas queimam no altar de madeira.