O governo anunciou que está planejando a repatriação de brasileiro que estejam em Israel e na Palestina, devido “ao recrudescimento da situação securitária” na região. Em nota à imprensa divulgada na tarde deste domingo (8), o Ministério das Relações Exteriores lembrou que os voos da Força Aérea Brasileira (FAB) destinam-se, prioritariamente, a repartir brasileiros residentes em seu próprio país.
“A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está publicando, em seu sítio eletrônico (https://www.gov.br/mre/pt-br/embaixada-tel-aviv), formulário para inscrição de interessados nos eventuais voos de repatriação e transmitirá instruções para deslocamento ao aeroporto de Ben-Gurion à medida que se confirmem os voos”, informa o Itamaraty.
“Face à incerteza quanto ao momento em que poderá ocorrer o primeiro voo de repatriação, recomenda-se que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais disponíveis, do aeroporto de Ben-Gurion, que continua a operar”, acrescenta a nota.
Telefones de plantão
Já em relação aos brasileiros que se encontram na Palestina, o governo “busca viabilizar as condições necessárias que permitam a implementação de plano de evacuação dos nacionais que queiram deixar a Faixa de Gaza ou a Cisjordânia”. Assim, foi montada no Itamaraty uma estrutura para acompanhar a situação dos brasileiros na região. O ministério divulgou telefones de plantões consulares na Embaixada em Tel Aviv (+972 (54) 803 5858) e no Escritório de Representação em Ramala (+972 (59) 205 5510), que incluem WhatsApp. Além desses, o plantão do próprio Itamaraty pode ser contatado, por meio do telefone +55 (61) 98260-0610.
De acordo com informação da Agência Brasil, um avião da FAB sai hoje de Natal com destino a Roma. A expectativa é de que a aeronave chegue a Tel Aviv amanhã (9) ou terça-feira (10), para a primeira repatriação. Foram reservados, no total, seis aviões. Estima-se que há 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil na Palestina, “a grande maioria fora da área afetada pelos ataques”.