Em março de 2022, três semanas após a Rússia ter iniciado a invasão da Ucrânia, o primeiro-ministro e chefe do governo da Polônia, Mateusz Morawiecki, embarcou em um trem para a capital ucraniana para se encontrar com o presidente Volodymyr Zelensky e oferecer-lhe “todo o seu apoio”.
Morawiecki estava acompanhado pelos líderes da República Checa e da Eslovênia. Eles foram os três primeiros chefes de Estado a demonstrar apoio à Ucrânia.
Agora, 18 meses depois, a relação entre os aliados Varsóvia e Kiev teve uma reviravolta drástica.
Na quarta-feira (20/9), Mateusz Morawiecki anunciou que “não entregaremos mais armas à Ucrânia porque agora estamos armando a Polônia com armamento mais moderno”, disse o primeiro-ministro ao canal de notícias Polsat News.
As declarações foram feitas depois de a Polônia ter convocado o embaixador da Ucrânia no dia anterior para protestar contra os comentários feitos pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sede das Nações Unidas.