O El Niño está começando no segundo semestre deste ano. O fenômeno está sendo classificado como “super” devido a intensidade esperada que deve mudar de forma profunda o clima do planeta. Nesta quarta-feira (21), a NASA divulgou uma imagem de satélite que mostra a aproximação do evento.
A imagem da NASA mostra o Oceano Pacífico entre os dias 1 e 10 de junho. De acordo com a agência, o que vemos destacado são anomalias na altura do nível do mar.
- O azul é o mar com um nível abaixo da média;
- O branco o mar em nível normal;
- E o vermelho onde o mar está mais alto.
O registro é dos satélites Sentinel-6 Michael Freilich e Sentinel-3B. A divulgação e processamento das imagens foi feito pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA.
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O que é o super El Niño?
O hemisfério sul começa a ser atingido nesta quarta-feira (21) pelo inverno e entra na rota do super El Niño. O fenômeno meteorológico deve ser muito intenso e modificar o clima do planeta enquanto estiver ativo no segundo semestre.
Existem dois tipos de El Niño: o clássico, que altera a temperatura do mundo todo com o aquecimento de uma grande faixa do Oceano Pacífico, e o costeiro, em que ocorre o aquecimento apenas na costa do Peru e do Equador.
- O El Niño é um fenômeno meteorológico que eleva a temperatura do Oceano Pacífico;
- Como consequência, há recordes de temperaturas em várias partes do globo;
- O evento começa neste semestre.
De acordo com a OMM, o fenômeno climático tem 80% de probabilidade de se formar até setembro deste ano. Ele ocorre em média a cada dois a sete anos, e os episódios geralmente duram de nove a 12 meses.
Durante os eventos do El Niño, as águas quentes na superfície aumentam o nível de profundidade do oceano que separa a água superficial quente da água mais fria abaixo.
Eventos mais fortes também perturbam o movimento de ar em grande escala, que normalmente ajudam a distribuir o calor pela superfície da Terra, causando um inverno severo e prolongado nas latitudes mais altas da América do Norte e do Sul, e contribuindo para monções mais fracas na Índia e no sudeste da Ásia.