Centenas de adeptos se reuniram em um hotel da rede Marriott no centro de Boston (EUA) no último fim de semana para o que foi chamado de o maior evento satanista do mundo, intitulado de SatanCon, que chegou à 17ª edição.
Originários de várias partes dos EUA e do exterior, os participantes se envolveram em vários rituais, como o de “desbatismo”, na Little Black Chapel, um templo criado no hotel para as cerimônias. Em uma delas, que viralizou nas redes sociais, uma mulher – uma espécie de sacerdotisa – rasgou páginas de uma Bíblia no altar.
No “desbatismo”, os satanistas rejeitam simbolicamente os ritos religiosos realizados quando eram crianças.
Na liderança do movimento está o Satanic Temple, que é reconhecido como religião pelo governo do EUA e que tem ministros e congregações na América do Norte, na Europa e na Austrália.
Os membros dizem que não acreditam em Lúcifer ou no Inferno literal. Em vez disso, eles dizem que Satanás é uma metáfora para questionar a autoridade e fundamentar suas crenças na ciência. O senso de comunidade em torno desses valores compartilhados torna o movimento satanista uma religião, segundo pregam. Os adeptos usam os símbolos de Satanás para rituais, incluindo a celebração de um casamento ou a adoção de um novo nome. Isso pode incluir ter uma cruz de néon de cabeça para baixo em seu altar enquanto grita: “Salve Satã!”