Uma planta que não tem nenhuma relação com a Cannabis, popularmente conhecida como maconha, mas produz uma grande quantidade de canabinoides, foi descoberta na África do Sul. Em estudo publicado recentemente na revista científica Nature Plants, pesquisadores do Weizmann Institute of Science relataram a presença de mais de 40 canabinoides, incluindo alguns com usos medicinais, na Helichrysum umbraculigerum, planta parente dos girassois, das margaridas e dos alfaces.
A descoberta, segundo os cientistas, reforça o potencial terapêutico do vegetal. Os canabinoides já são amplamente aplicados para aliviar dores, náuseas, ansiedade e crises epilépticas, e a lista de seus possíveis usos está crescendo rapidamente. Receptores moleculares que respondem a esses compostos são comuns em humanos, não apenas no cérebro, mas também em todo o corpo, sugerindo que os canabinoides que se ligam a eles podem ser usados para tratar de tudo, desde câncer até doenças neurodegenerativas.
No estudo, além de identificar os compostos, os pesquisadores desvendaram as etapas bioquímicas que a planta realiza quando produz esses compostos e mostraram como elas podem ser reproduzidas em laboratório para sintetizar e até mesmo projetar novos canabinoides.