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O mundo precisa de um tratado global sobre plástico

Artigo no site alemão DW informa que negociadores se reúnem para dar início à elaboração de um acordo global sobre poluição plástica. Para chefe do Programa Ambiental da ONU, trata-se do pacto ambiental mais significativo desde o acordo de Paris.

Publicada em 02/12/22 às 14:34h - 28 visualizações

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O mundo precisa de um tratado global sobre plástico
Onze de Maio 2 de dezembro de 2022 at 11:36  (Foto: Rádio Rir Brasil - Itapuranga-Goias : Direção: Ronaldo Castro - 62 9 9 6 0 8-5 6 9 5 )

Artigo no site alemão DW informa que negociadores se reúnem para dar início à elaboração de um acordo global sobre poluição plástica. Para chefe do Programa Ambiental da ONU, trata-se do pacto ambiental mais significativo desde o acordo de Paris.

De nossas embalagens a nossas roupas e eletrodomésticos – o plástico está presente em quase todos as áreas do consumo.

Mas um tratado global para conter essa torrente de poluição pode mudar as coisas. No início deste ano, líderes mundiais reunidos numa conferência das Nações Unidas votaram por unanimidade pela elaboração de um acordo juridicamente vinculativo sobre o plástico até 2024.

“Este é o acordo ambiental multilateral mais significativo desde o acordo de Paris. É uma apólice de seguro para esta geração e as futuras, para que elas possam viver com plástico e não serem amaldiçoadas por ele”, disse então Inger Andersen, chefe do Programa Ambiental da ONU.

Agora é a vez de um comitê de negociação, formado por delegados da ONU, agências especializadas e ONGs, acertar os detalhes. Nesta semana, o grupo se reúne no Uruguai para a primeira rodada de negociações sobre como abordar a produção, o design e o descarte do plástico.

Plastic garbage thrown ashore all over Campal beach

Imagem – dirtypanjim4

A dimensão do problema

Embora existam muitas estatísticas sobre a produção de plástico, ativistas dizem que não se pode saber ao certo quais são os números reais. Não há requisitos globais para que a indústria relate sua produção, mas a magnitude da crise é clara.

A Fundação Heinrich Böll, uma fundação política da Alemanha, estima que 8,3 bilhões de toneladas métricas de plástico foram produzidas entre 1950 e 2015. Isso é mais de uma tonelada por pessoa vivendo no mundo hoje. Disso, a maior parte foi para produtos e embalagens de uso único – e menos de 10% foi reciclado.

O restante é queimado, despejado em aterros sanitários ou jogado na natureza, nos quais os animais podem ficar presos ou comer e se engasgar.

Uma vez em nossos ecossistemas, o plástico pode lá permanecer por centenas de anos. A bem da verdade, ele nunca desaparece completamente, mas apenas se decompõe em fragmentos cada vez menores, que têm um alcance ainda maior. Os microplásticos contaminam a nossa água potável, o ar, o solo e os alimentos. E, como resultado, o corpo humano. A ciência ainda está dividida sobre as ameaças à nossa saúde.

Mesmo assim, a produção não mostra sinais de desaceleração. Se as políticas públicas não mudarem, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o consumo de plástico deve aumentar de 460 milhões de toneladas métricas em 2019 para 1,2 bilhão de toneladas em 2060.

Dois setores estão particularmente interessados ​​em manter as vendas de plástico em crescimento: o petroquímico e o de combustíveis fósseis, já que a maior parte do plástico é feita com produtos químicos derivados do petróleo e do gás natural. Essa matéria-prima representa 12% da demanda global de petróleo, uma parcela que deve crescer, de acordo com um relatório de 2018 da Agência Internacional de Energia.

Resposta global

Muitos especialistas ambientais dizem que uma crise global como a da poluição plástica também exige uma resposta global para combater o problema.

No momento, a legislação difere de país para país e tem graus variados de sucesso. Muitas leis visam plásticos feitos de material não reciclável ou projetados para serem descartados rapidamente.

A União Europeia, por exemplo, proibiu produtos de plástico de uso único, como cotonetes, talheres, pratos ou canudos. A Nova Zelândia também não permite embalagens de alimentos de poliestireno e bandejas de alimentos de PVC. Bangladesh, Quênia e vários outros países africanos proibiram as sacolas plásticas.

Outros grandes poluentes, como os EUA, não têm nenhuma lei federal que regule o uso de plásticos descartáveis. Mas o lixo tem consequências internacionais, seja quando levado para ecossistemas de outras nações ou exportado para aterros sanitários no exterior.

“No momento, temos uma verdadeira colcha de retalhos na legislação”, disse Christina Dixon, da Agência de Investigação Ambiental do Reino Unido. “Mas o plástico, como material e como poluente, é totalmente transfronteiriço. Portanto, é incrivelmente difícil administrar algo que flui pelo ar, pelas correntes oceânicas e pelo comércio.”

Lixo acumulado nas praias ou na superfície representa apenas 1% do plástico total que é despejado nos oceanos


O que fazer?

Embora a poluição plástica seja frequentemente enquadrada como um problema de gerenciamento de resíduos – de que a reciclagem precisa ser intensificada –, muitos especialistas dizem que precisamos é olhar para a origem do problema.

“Não podemos lidar com a poluição plástica sem lidar com a produção de plástico”, disse Dixon.

À medida que a produção de plástico virgem aumenta, ativistas estão pressionando para que o tratado global inclua proibições e restrições a novos materiais. Isso significa que a economia teria que repensar o consumo e priorizar a redução dos resíduos plásticos em vez da reciclagem ou do descarte.

Mas, para que isso aconteça, é preciso haver dados melhores, diz Dixon. Ela quer que os negociadores criem um padrão global para que os vendedores relatem quanto produzem, onde obtêm seus petroquímicos e como seu plástico é composto.

“Se tivermos a elaboração de relatórios como uma obrigação legal mínima, isso criará a capacidade de estabelecer restrições a certos tipos de polímeros problemáticos e estabelecer metas para limitar e reduzir gradualmente a produção”, disse ela. “Sem o relatório, o tratado está realmente fadado ao fracasso.”

Dixon também espera que o tratado estabeleça um fundo para ajudar as economias em desenvolvimento na transição para o abandono do plástico. De acordo com um estudo publicado na Science Advances, países de alta renda, como os EUA e o Reino Unido, foram responsáveis pela maior quantidade de lixo plástico produzido per capita em 2016. Os efeitos, porém, são sentidos em todo o mundo.

O comitê tem apenas dois anos para decidir sobre esses fatores. O prazo apertado mostra a urgência do problema, mas também dificulta as condições.

“Eles precisam encontrar um equilíbrio entre agir rapidamente e projetar um instrumento realmente robusto que será eficaz nos próximos anos”, disse Dixon.

Microplástico, o perigo minúsculo

O plástico conquistou o mundo: cada vez mais embalagens, brinquedos e objetos do cotidiano são feitos com esse material, com grandes consequências para o meio ambiente e também para a saúde humana.

Pequeno como um grão de areia

Microplásticos são pequenas partículas de plástico. Elas têm menos de cinco milímetros e são adicionadas a diversos produtos. O microplástico também é produzido pela decomposição de resíduos plásticos ou pela abrasão de pneus e de tecidos sintéticos durante a lavagem de roupas.

Pasta de dentes com microplástico

Vários fabricantes não se importam, e muitas pessoas não sabem: os pequenos pontos azuis na pasta de dentes são bolinhas de plástico. Elas auxiliam na escovação e na limpeza. Mais tarde essas bolinhas provavelmente vão parar no mar. Os tratamentos de esgoto não conseguem filtrar o microplástico.

Cosméticos com muito plástico

Bolinhas de plástico também estão presentes em esfoliantes ou em sabonetes líquidos. O consumidor não é informado adequadamente pelos fabricantes sobre a presença de plástico em seus cosméticos, e ambientalistas e também autoridades sanitárias reivindicam a proibição do microplástico.

Foto: picture-alliance/empics/Y. Mok

Os perigos do microplástico

Fibras sintéticas viram microplástico

A maior parte do microplástico espalhado pelo planeta é liberado por fibras sintéticas. Cerca de 60% das roupas contêm fibras sintéticas, e a tendência ao uso desse fio barato está aumentando rapidamente. Durante a lavagem de uma jaqueta de fleece são liberados até 1 milhão de fibras. Na Europa, cerca de 30 mil toneladas de fibras sintéticas vão para o esgoto todos os anos.

Plástico na água potável

O microplástico não polui apenas rios e oceanos – milhões de pessoas ingerem fibras de plástico invisíveis com a água da torneira diariamente. Pesquisadores americanos investigaram mais de 150 amostras de água da torneira em países dos cinco continentes e encontraram fibras de plástico microscópicas em 83% delas.

Microplástico no mar

Microplásticos são lcriados a partir da abrasão de plástico. Uma parte deles vai parar no mar. A principal origem são fibras sintéticas, seguidas de pneus, poluição urbana e marcação rodoviária. A parcela de microplástico proveniente de produtos de higiene pessoal é comparativamente pequena.

Uma bomba-relógio

O lixo plástico também se transforma em microplástico: uma sacola precisa de até 20 anos, uma garrafa plástica de até 450 para se decompor. Cada habitante do planeta “precisa”, em média, de 60 quilos de plástico por ano. Nos Estados Unidos e na Europa Ocidental esse número ultrapassa 100 quilos. Cerca de 2% de todo o plástico produzido no mundo acaba no mar.

Preso no plástico

A maré de plástico atinge animais e pessoas, mas ainda não se sabe exatamente como. As pesquisas ainda estão no começo. O que está claro, no entanto, é que plástico e microplástico vão parar em todos os estômagos, causando a morte por inanição de animais aquáticos. Os riscos para a saúde humana ainda são desconhecidos.

Plástico corresponde a 48,5% dos itens encontrados no mar do Brasil

Um diagnóstico feito pelo programa Lixo Fora D’Água, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostrou que os resíduos plásticos correspondem a 48,5% dos materiais que vazam para o mar. Segundo o levantamento, os 15 itens mais encontrados nas análises representam 80,3% dos resíduos que vão parar na costa brasileira. 

Depois do plástico, a guimba (ou bituca) de cigarro e o isopor aparecem em segundo e terceiro lugares entre os itens mais encontrados. Os outros 19,7% abrangem artigos como roupas e apetrechos de pesca, entre outros. Todos fazem parte de uma amostra que soma 16.733 itens retirados da areia, da praia e de manguezais.

O levantamento faz parte de um trabalho feito pela Abrelpe desde 2018 em 11 cidades da costa onde vivem 14 milhões de habitantes. O programa iniciou as ações de monitoramento, prevenção e combate ao lixo no mar e nos demais corpos hídricos na cidade de Santos (SP) e atualmente abrange os municípios de Balneário Camboriú (SC), Bertioga (SP), Fortaleza (CE), Ipojuca (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), Manaus (AM), Serra (ES) e municípios da Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. 

Metodologia

A metodologia desenvolvida no âmbito do projeto Lixo Fora D’Água também está presente no Caribe, sendo aplicada em cidades da Costa Rica, Colômbia e República Dominicana.

“Cerca de 22 milhões de toneladas de plásticos vazam para o meio ambiente a cada ano em todo o mundo, e em torno de cinco a 12 milhões de toneladas de resíduos plásticos têm os oceanos como destino. Cerca de 80% desse total são oriundos de atividades humanas desenvolvidas no continente, seja no litoral ou em regiões onde correm rios que desaguam em ambientes marinhos, sendo resultado de falhas que ocorrem nos sistemas de limpeza urbana e gestão de resíduos nas áreas urbanas das cidades”, disse o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo as estimativas da entidade, mais de dois milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos vão parar nos rios e mares todos os anos no Brasil. 

“Ressalta-se, porém, que esse total pode ser ainda maior já que as 30 milhões de toneladas de lixo que seguem para destinação inadequada, ou seja, lixões e aterros controlados, que ainda existem em todo o país, podem acarretar um acréscimo de três milhões de toneladas de lixo no mar a cada ano”, afirmou a Abrelpe.

Acrescentou que o programa também visa identificar as principais fontes de origem dos resíduos e estudar como as cidades podem aprimorar a gestão de resíduos sólidos em terra para prevenir a poluição marinha. 

Vazamento de lixo

Segundo um dos relatórios, as três principais fontes de vazamento de lixo no mar são as comunidades nas áreas de ocupação irregular, próximas aos cursos d’água, os canais de drenagem que atravessam a malha urbana e a própria orla da praia em sua faixa de areia.

“Os resultados do programa Lixo Fora D’água permitem afirmar que a melhor solução para o problema do lixo no mar reside justamente no aperfeiçoamento dos sistemas e infraestrutura de limpeza urbana nas cidades, que deve acontecer junto a programas permanentes de educação ambiental implementados em todas as camadas da população”, explicou o presidente da Abrelpe.

Fone: DW e Agência Brsil – Foto: Martine Perret – Onu Meio Ambiete




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