A trajetória de Tati até a medalha teve um percalço na primeira rodada, quando a brasileira ficou na segunda colocação e teve que disputar a repescagem para se manter viva na competição. A partir daí, a “capitã” do surfe feminino, como é chamada entre as atletas, ligou seu modo competitivo e não parou mais.
“Nada mais do que orgulho de mim porque, realmente, foi bastante trabalho, né. Eu cometi uns erros na bateria, eu poderia pegar umas ondas maiores ou melhores”, refletiu Tati. “São coisas pequenas, assim, que realmente fazem a diferença e essa vez não deu pra mim, mas, para mim, prata é um sucesso gigante, estou muito orgulhosa. Muito obrigada pela torcida!”.
Já Medina, para chegar ao sonhado pódio olímpico, venceu o peruano Alonso Correa na disputa do bronze por 15.54 a 12.43.
“Eu queria muito uma medalha olímpica, era meu objetivo vindo pra cá. Claro que eu queria estar na final, mas a gente teve uma outra oportunidade de ir pra cima do bronze e não quis deixar escapar. Tóquio foi uma semifinal que ficou na minha cabeça. Eu falei, “pô, de novo não”. Essa medalha tem que ir pra casa. E eu fico feliz de ter conquistado. Veio mais onda, tive mais oportunidade e, graças a Deus, conseguimos conquistar o bronze”, celebrou Medina.
Na semifinal, em uma revanche da última etapa do Circuito Mundial no Taiti, ele foi superado pelo australiano Jack Robinson em uma bateria de pouquíssimas ondas.
Na campanha olímpica em Teahupo´o, sua onda preferida, o brasileiro venceu todas as baterias que disputou e fez a maior nota do evento: 9,90, com direito a uma foto que viralizou no mundo todo. O resultado concretiza o maior objetivo de Medina no ano e coroa uma carreira vitoriosa, que já tinha três títulos mundiais no currículo (2014, 2018 e 2021) e 18 troféus de etapas da elite do surfe.
Com o resultado, o surfe brasileiro passa a ter três medalhas olímpicas em duas edições que a modalidade está presente no Programa Olímpico. Em Tóquio 2020, Italo Ferreira foi o campeão olímpico.