Os membros da equipe de transição do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel, do União Brasil, não serão necessariamente secretários. Até porque alguns deles têm mandatos e não os deixarão.
Mas alguns nomes são altamente cotados para ocupar cargos de proa no governo Mabel. O secretariado será, obviamente, definido pelo prefeito, mas alguns líderes, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, e o vice-governador Daniel Vilela, do MDB, serão consultados (vale lembrar que o MDB elegeu oito vereadores — a maior bancada da Câmara Municipal).
União Brasil e MDB, portanto, vão indicar integrantes para a equipe de Sandro Mabel. Há, claro, os nomes técnicos, de escolha pessoal do gestor municipal.
Pode até ser que o economista Valdivino Oliveira não ocupe a Secretaria de Finanças. Mas o fato é que, de toda a equipe de transição, é o que estudou, com lupa, o orçamento para 2025. É um sinal de que pode ser o secretário. Um vereador estranhou o fato de o experimentado professor de Economia não está à par da nova lei de licitação.
O secretário de Saúde pode ser Luiz Gaspar Machado Pellizer, que integra a equipe de transição de Sandro Mabel. É apontado como gestor.
A professora Eerizânia Freitas teria caído nas graças de Sandro Mabel. Mas comenta-se que a Secretaria da Educação é cobiçada por um grupo de vereadores. Entre a Câmara e uma mestra de Anápolis, com quem ficará o prefeito eleito?
Sandro Mabel gostaria de ter o advogado Marcos Roberto, já na equipe de transição, no secretariado. Tanto pela competência técnico-operacional quanto pelo fato de ser uma ponte direta com o governador Ronaldo Caiado. Porém, uma fonte do governo do Estado afirma que o executivo deve permanecer na vice-presidência da Celg.
Marcos Roberto chegou a ser lembrado para a Secom. Mas não teria manifestado interesse.
Paulo Ortegal, figura chave da transição, é cotado para assumir um cargo — como a Secretaria de Governo ou a Casa Civil —, sob indicação do MDB de Daniel Vilela. Mas pessoas próximas do ex-conselheiro do TCM sugerem que pode permanecer como assessor do governador Ronaldo Caiado e conselheiro da Saneago.
O ex-deputado federal Francisco Júnior, que está bem na Codego, do governo do Estado, também é lembrado para o Planejamento.
Se uma Secretaria da Indústria e Comércio for criada, o indicado poderá ser a empresária Helenir Queiroz — muito ligada a Sandro Mabel (ela estaria ressaltando que está “aposentada”) — ou Joel Sant’Anna Braga Filho.
A Cultura pode ser ocupada por Ugton Batista (ligado aos principais cantores sertanejos de Goiás) ou Cleber Adorno. Sandro Mabel estaria informado de que as duas pessoas mais atualizadas em termos de cultura em Goiás são o presidente da União Brasileira de Escritores-Goiás, Ademir Luiz, e o presidente do Conselho de Cultura, Carlos Willian Leite. Os dois não têm qualquer resistência do setor cultural, porque são da área, e há vários anos.
Filiado ao PL e ligado ao presidente Jair Bolsonaro, de quem é amigo, Ugton Batista também é cotado para a Secretaria de Turismo. Na campanha para prefeito, Ugton Batista atraiu bolsonaristas, como cantores sertanejos, para o lado de Sandro Mabel.
Comenta-se que a Secretaria de Cultura e a Secretaria de Turismo podem ser transformadas numa única secretaria. O setor de cultura é contra a fusão.
Francisco Elísio Lacerda, que está na equipe de transição, é cotado para a Secretaria de Infraestrutura. (E.F.B.)