O governo do prefeito Sebastião Melo é parte do problema, não da solução. A Prefeitura, que é responsável por esta situação catastrófica de Porto Alegre, agora se mostra totalmente incapaz de produzir saídas urgentes para retirar a cidade da catástrofe.
A incompetência e a irresponsabilidade do governo municipal causaram a re-inundação de Porto Alegre nesta 5ª feira, 23/5.
Na semana passada, Melo desprezou as medidas recomendadas por especialistas para colocar fim na inundação da capital gaúcha em 48 horas por meio de medidas exequíveis.
Técnicos experientes recomendaram a vedação das comportas por mergulhadores, o fechamento hermético dos dutos forçados para impedir o refluxo de águas pluviais, e o conserto das estações de bombeamento para escoar permanentemente a água invasora da cidade.
Além de desprezar tais recomendações técnicas, a Prefeitura adotou uma atitude desesperada e improvisada na última 6ª feira, dia 17/5: arrancou um portão do Muro da Mauá, a comporta número 3, para permitir que o nível de alagamento do centro histórico da cidade, que estava acima do nível do Guaíba, pudesse escoar por gravidade.
Importante sublinhar: o portão não foi aberto, o que permitiria novo fechamento em caso de elevação do nível do Guaíba, como de fato aconteceu; mas foi derrubado, grotescamente arrancado.
A cena absurda, que produziu um dano irreversível que não permite o restabelecimento da barreira física original enquanto continuar a inundação, foi divulgada em rede social do DMAE, o Departamento de Águas e Esgotos de Porto Alegre, que está sendo gerido por agentes tão incompetentes e irresponsáveis como o próprio prefeito Sebastião Melo [https://www.instagram.com/reel/C7FMHNAu7N-/?igsh=bDhrcHE3bXJxbjVt].
Esta medida tecnicamente injustificável, ao lado da demora em restabelecer o funcionamento das Casas de Bombas, em vedar as comportas e em fechar hermeticamente os dutos forçados, deixou a cidade totalmente desguarnecida com a nova elevação do Guaíba que ocorreu na madrugada de hoje, 23/5.
Porto Alegre está à deriva.
Especialistas entendem que o sistema de esgotamento da cidade está colapsado. Está ocorrendo alagamento e inundação em ruas de bairros mais altos, que até então não tinham sido atingidos, mas que passaram a ser afetados com o refluxo dos esgotos pluviais, como aconteceu em ruas do bairro Cavalhada e de outras áreas.
A Administração Municipal é responsável direta pela magnitude dos danos, perdas e prejuízos causados à população e à economia de Porto Alegre.
Porto Alegre não teria sido inundada se a Prefeitura não tivesse sido omissa, negligente e incompetente na manutenção do sistema de proteção contra enchentes.
As instituições policiais e judiciais como Polícia Civil, Polícia Federal, Ministérios Públicos Estadual e Federal e Judiciário têm diante de si um farto acervo probatório que comprova a responsabilidade administrativa do prefeito Melo e sua equipe pelo desastre na cidade.
Aqueles que colapsaram a cidade mostram que, além de totalmente incapazes de tirar a cidade do caos, podem produzir ainda mais danos, perdas e prejuízos.