O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão preventiva dos três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) envolvidos na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. Ela morreu na manhã deste sábado(16), após uma parada cardiorrespiratória.
Heloísa foi baleada no dia 7 setembro. Ela passava de carro com os pais pelo Arco Metropolitano, em Seropédica, a 60km da capital, quando foi atingida. Segundo a família, o tiro que atingiu Heloísa partiu de uma viatura da PRF que seguia o carro. Os familiares reforçam que os agentes fizeram os disparos sem realizar a abordagem.
O pedido do MPF foi enviado à Justiça na noite da sexta-feira (15). Além da prisão preventiva, também foi solicitada uma nova perícia nas armas que estavam com os policiais no momento em que o caso foi registrado. Há suspeito de que mais tiros foram disparados. O MPF também solicitou nova perícia no carro onde estava a família de Heloísa.
O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. A PRF afastou os agentes envolvidos no caso. O agente Fábio Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, defendeu em uma postagem nas redes sociais a PRF precisa ter sua “existência repensada”.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou a nota de pesar da PRF e repetiu que a Polícia Federal está empenhada nas investigações. Na nota de pesar, a Polícia Rodoviária prestou solidariedade à família.
“Solidarizamo-nos com os familiares, neste momento de dor, e expressamos as mais sinceras condolências pela perda”, afirmou.
Ele alegou que, no momento, identificou que o carro onde estava a família de Heloísa estava registrado como roubado e, por isso, os agentes iniciaram uma perseguição. Ele afirmou que efetuou os disparos por ter ouvido um barulho parecido com um tiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou sobre a morte de Heloísa e lamentou que a vida de uma criança tinha sido tirada por “quem deveria cuidar da segurança da população”.