A economia brasileira segue em expansão no governo Lula. O resultado de 3,4% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma o bom momento econômico brasileiro em contraste às previsões sempre pessimistas do mercado financeiro a cada início de ano. O valor representa R$ 11,7 trilhões.
Já o PIB per capita marcou R$ 55.247,45, em termos reais isto representa avanço de 3% em relação a 2022.
Com o resultado, o PIB alcança a maior expansão desde 2021, quando a economia acelerou pela demanda represada pela pandemia de Covid-19, que levou o crescimento econômico de 2020 a uma retração de -3,3%.
Os números ainda colocam o país com o quarto ano de crescimento consecutivo contanto 2021, 2022 (3%) e os dois primeiros anos do governo Lula.
Dessa maneira, com o PIB de 2023 que ficou em 3,2%, o atual governo marca dois anos consecutivos acima da barreira dos três pontos porcentuais, um resultado extremamente relevante dada as previsões contrárias do mundo especulativo e os desafios enfrentados pelo governo com as alterações do clima. As mudanças climáticas tem afetado a produtividade nas colheitas como também ocasionou o grande desastre natural e social que acometeu o Rio Grande do Sul. Além disso, a guerra na Ucrânia permitiu que o preço dos alimentos em todo o mundo aumentasse.
Descontando estas situações, a queda do desemprego e o mercado brasileiro aquecido, com mais importações e exportações, ajudaram nos resultados.
Em 2024, o Brasil bateu recorde e atingiu a menor taxa de desemprego da história, de 6,6%.
Por sua vez as Importações de Bens e Serviços apresentaram alta de 14,7%, enquanto as exportações subiram 2,9%. Outro dado relevante é que a taxa de investimento em 2024 foi de 17% do PIB, maior que em 2023, quando ficou em 16,4%.
Setores
O principal auxílio para a alta de 2024 acontece pelo setor de Serviços e Indústria. Em comparação com 2023, o crescimento foi de 3,7% em Serviços e de 3,3% na Indústria, msior crescimento em dez anos.
Em sentido contrário a Agropecuária sofreu com colheitas fora do tempo pela irregularidade do clima e marcou retração de 3,2%.
Quarto trimestre
O cálculo do PIB do ano foi permitido com a divulgação feita pelo Sistema de Contas Nacionais Trimestrais. Portanto, o crescimento econômico do último trimestre do ano (out-dez) teve variação positiva de 0,2%, em comparação com o anterior.
A indústria avançou 0,3% e Serviços 0,1%, o que ajudou no crescimento trimestral. Por outro lado, quem mais segurou o resultado foi a Agropecuária com -2,3%.
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, explica que no quarto trimestre o PIB ficou praticamente estável, com crescimento nos investimentos, mas com queda no consumo das famílias: “Isso porque no quarto trimestre tivemos um pouco de aceleração da inflação, principalmente a de alimentos. Continuamos tendo melhoria no mercado de trabalho, mas com uma taxa já não tão alta. E os juros começaram a subir em setembro do ano passado, o que já impactou no quarto trimestre”, diz a especialista.
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Países
A OCDE tem 38 países, e o Brasil não está entre os membros efetivos, mas iniciou processo de adesão.
A organização lista informações sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 39 países, entre eles os não membros Brasil, China, Índia, Indonésia, Arábia Saudita e África do Sul. A Agência Brasil acrescentou o dado da Rússia, que cresceu 4,1% em 2024.
Chile, Grécia, Luxemburgo e Nova Zelândia fazem parte da OCDE, mas não foram listados pois ainda não terem divulgado dados relativos a 2024.
Comparação
País mais populoso do mundo, com mais de 1,4 bilhão de habitantes, a Índia lidera o ranking de crescimento, com taxa anual de 6,7%. Em seguida aparecem China e Indonésia, ambos com expansão de 5%.
O primeiro país das Américas a figurar no ranking é a Costa Rica, que cresceu 4,3% em 2024. Os Estados Unidos, maior economia do mundo, têm a 11ª maior alta (2,8%).
O salto do PIB do Brasil foi superior à média dos países da OCDE, da União Europeia e do Grupo dos 7 (G7, países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido).
Já entre os primeiros países a formarem o Brics (grupo de nações emergentes: Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), o Brasil fica na frente apenas da África do Sul.
Cinco países apresentam queda no PIB, incluindo a Alemanha (-0,2%), maior economia da Europa.
Confira o ranking:
1) Índia: 6,7%
2) Indonésia: 5%
3) China: 5%
4) Costa Rica: 4,3%
5) Rússia: 4,1%
6) Dinamarca: 3,6%
7) Brasil: 3,4%
8) Espanha: 3,2%
9) Turquia: 3,2%
10) Polônia: 2,9%
11) Estados Unidos: 2,8%
12) Lituânia: 2,7%
13) Noruega: 2,1%
14) Eslováquia: 2%
15) Coreia: 2%
16) Portugal: 1,9%
17) Colômbia: 1,7%
18) Eslovênia: 1,6%
19) Canadá: 1,5%
20) México: 1,5%
21) Suíça: 1,3%
22) Arábia Saudita: 1,3%
23) França: 1,2%
24) República Tcheca: 1,1%
25) Austrália: 1,1%
26) Bélgica: 1%
27) Suécia: 1%
28) Países Baixos: 0,9%
29) Reino Unido: 0,9%
30) Itália: 0,7%
31) África do Sul: 0,6%
32) Hungria: 0,5%
33) Islândia: 0,5%
34) Israel: 0,1%
35) Japão: 0,1%
36) Finlândia: -0,2%
37) Alemanha: -0,2%
38) Estônia: -0,3%
39) Letônia: -0,4%
40) Áustria: -1,2%
Comparação com grupo de países:
Brasil: 3,4%
G7: 1,7%
OCDE: 1,7%
União Europeia (27 países): 1%
Zona do Euro (20 países): 0,9%
Com Agência Brasil, IBGE e Portal Vermelho