O deputado federal goiano, Alcides Ribeiro, do PL, se posicionou depois da Operação Peneiras, da Polícia Civil de Goiás, que investiga o envolvimento dele com um menor de idade e o crime de exploração sexual. Em uma nota de duas páginas e com o título “ao povo goiano”, professor Alcides, como é conhecido, diz que é homossexual e não bandido.
Ele disse ainda que retira o envolvimento do nome dele no que chamou de “cipoal de inverdades”. Alcides Ribeiro ainda chamou a operação da polícia de espetaculosa e disse que a orientação sexual dele está sendo utilizada de forma preconceituosa e como arma política. Esta é a primeira vez que Alcides Ribeiro fala sobre a própria sexualidade. Além de ser deputado federal, Alcides concorreu às eleições municipais de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, neste ano.
Na quinta-feira, um policial militar, o segurança de Alcides e um vigilante penitenciário foram presos, em Aparecida. Os três são investigados por roubar o celular de um adolescente, de 16 anos. O crime aconteceu no começo de novembro.
De acordo com as investigações, o deputado federal mantinha relações com o adolescente e teria pedido o segurança particular para roubar o celular do menor de idade. Isso porque no aparelho, havia material pornográfico e conversas com o parlamentar. O PM e o vigilante também teriam participado da ação.
Ainda de acordo com as investigações, os envolvidos teriam ido com um carro até a casa do adolescente, roubado os dois celulares dele. Em seguida, os investigados teriam apontado uma arma para a cabeça do menor para que ele desse a senha de acesso dos dois telefones.
No mesmo dia, o menor teria então procurado a polícia para pedir uma medida protetiva. Foi quando as investigações começaram.
A operação se chama peneira por causa da forma como o deputado supostamente atraía os envolvidos, como explica a delegada do caso, Sayonara Lemgruber.
Os investigados foram presos temporariamente por 30 dias. A audiência de custódia deve ocorrer em até 24 horas.
O advogado de defesa do cabo da Polícia Militar preso, Clécio Teles, confirmou que o envolvido participou da campanha do deputado, mas nega o envolvimento dele.
O caso segue em segredo de justiça porque envolve supostos crimes sexuais contra menores de idade. O deputado federal, Alcides Ribeiro, tem foro privilegiado, e precisa de uma autorização do Superior Tribunal de Justiça para que seja investigado.
Nesta quinta-feira, o deputado federal votou a favor do projeto de lei que prevê a castração química de condenados por pedofilia. A medida foi incluída na proposta e determina que quem tiver condenação com trânsito em julgado, sem possibilidade de recurso, por esse tipo de crime terá seus dados, inclusive fotografias, disponibilizados em cadastro organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).