Segundo a jornalista Natuza Nery, após as explosões ocorridas nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira (13), ministros da corte enviaram uma mensagem direta aos líderes do Congresso: “não vamos permitir que ousem debater anistia depois disso”.
De acordo com a matéria, publicada no G1, telefonemas foram feitos para importantes líderes da Câmara, reafirmando uma postura de tolerância zero em relação ao ocorrido.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) , Luís Roberto Barroso , afirmou nesta quarta-feira (13) que o ministro Alexandre de Moraes pode assumir a investigação sobre as explosões na Praça dos Três Poderes , caso haja conexão com os ataques de 8 de janeiro de 2023.
“Vou receber o inquérito. Se houver conexão com algum inquérito em curso, será distribuído por prevenção”, afirmou Barroso ao jornal Folha de São Paulo, ao ser questionado sobre a possibilidade de o inquérito ser anexado.
As explosões ocorreram na mesma praça que abriga as sedes dos Três Poderes, em Brasília, quase dois anos após os ataques golpistas que devastaram o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. O prédio do STF foi evacuado imediatamente após os incidentes.
A Folha teve acesso a mensagens trocadas por deputados bolsonaristas em dois grupos de WhatsApp logo após o atentado. O comentário geral era de que, se Tiü França, acabou mesmo foi atrapalhando. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO), por exemplo, afirmou que o autor seria mesmo um ex-candidato a vereador pelo PL: “Parece que foi esse cara mesmo. Agora vão enterrar a anistia. Pqp.”
O deputado Capitão Alden (PL-BA), por sua vez, respondeu: “lá se foi qualquer possibilidade de aprovar a anistia”. “Adeus redes sociais e esperem os próximos 2 anos de perseguição ferrenha! Com certeza o inquérito das fake news será prorrogado ad eternum”, disse.
Já o deputado Eli Borges (PL-TO) escreveu “se tentou ajudar atrapalhou”. “Agora o Xandão vai dizer: ‘é a prova que o 8 de janeiro era necessário.
Uma pessoa foi encontrada morta nas proximidades do STF, e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal confirmou o falecimento no local. Além disso, a Polícia Militar foi acionada, e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciou uma varredura na área. As autoridades confirmaram também uma segunda explosão, que aconteceu em um carro estacionado perto de um anexo da Câmara dos Deputados, na mesma região.
Em resposta aos ataques, a segurança do Palácio do Planalto foi reforçada. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou um dos níveis do Plano Escudo, que envolve o aumento de agentes de segurança, incluindo militares das Forças Armadas. Fontes no Planalto indicam que essas medidas de segurança devem continuar nos próximos dias, dada a gravidade da situação.
As explosões ocorreram com um intervalo de 20 segundos, por volta das 19h30, e logo a área em frente ao STF foi isolada. A primeira explosão aconteceu em um carro estacionado no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O veículo estava registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz, que também foi identificado como a vítima fatal da segunda explosão, ocorrida em frente ao Supremo, pouco tempo depois.
Ele morreu nas explosões e estava vestindo uma roupa que remete ao personagem Coringa, um vilão anarquista das histórias em quadrinhos. Ele usava uma calça e terno com estampa de naipes de baralho e fundo verde-escuro, e ao lado do corpo foi encontrado um chapéu branco.
Com Folha, Revista Fórum e agências