A extrema-direita de Fred Rodrigues subestimou a esquerda de Adriana Accorsi, Fabrício Rosa, Kátia Maria e Edward Madureira, do PT.
Entretanto, a esquerda, agindo com o máximo de maturidade, soube escolher a civilização, Sandro Mabel (União Brasil), contra a barbárie, Fred Rodrigues (PL). Vários integrantes da esquerda, sobretudo do PT, decidiram não viajar no feriadão, com o objetivo de derrotar o bolsonarismo em Goiânia.
Ao optar por Sandro Mabel, a esquerda fez a diferença. Já o bolsonarismo, de extrema-direita, se deu mal com a direita, com o centro e com a esquerda.
Um dos problemas-chaves do bolsonarismo é que não agrega para eleições majoritárias, confundindo-as com eleições proporcionais.
Para eleger prefeito, governador e presidente é preciso atrair forças diferentes, inclusive divergentes.
Para a eleição de deputado estadual e deputado federal, que é muito diferente, não é preciso agregar apoios. Pois aí cada partido é adversário do outro.
O PL de Jair Bolsonaro, por se julgar muito forte — e, de fato, ainda é —, não agrega. Pelo contrário, desagrega, afasta possíveis aliados. Bolsonaro, Fred Rodrigues e Gustavo Gayer são agressivos e afastam políticos que poderiam compor com eles.
O resultado está aí: várias derrotas eleitorais em todo o país. (E.F.B.)