Os eleitores de Goiás massacraram o Partido Liberal na maioria das prefeituras das grandes cidades na disputa de 2024.
Em Goiânia, ganhou o União Brasil, com Sandro Mabel, que deixou Fred Rodrigues, do PL, comendo poeira.
Em Aparecida de Goiânia, o MDB, com Leandro Vilela, derrotou, de maneira acachapante, Professor Alcides Ribeiro, do PL.
Na terceira maior cidade em número de eleitores, Anápolis, ganhou Márcio Corrêa, que, embora filiado ao PL, mantém ligação estreita com o vice-governador Daniel Vilela, do MDB.
Em Rio Verde, ganhou Wellington Carrijo, do MDB, e o postulante do PL, Lissauer Vieira, obteve uma votação pífia, apenas 22,46% dos votos válidos.
Na quinta cidade com mais eleitores, Luziânia, o candidato do União Brasil, Diego Sorgatto, com 75,32% dos votos válidos, esmagou o PL de Waltinho Roriz de Queiroz, que obteve apenas 13,37%.
Na cidade que tem o sexto maior eleitorado do Estado, Águas Lindas, o União Brasil reelegeu o prefeito Lucas Antonietti, com 83,04% dos votos válidos. O PL não ousou nem mesmo lançar candidato.
Então, o PL merece o “título” de derrotado do ano de 2024. Dos líderes do partido, os dois maiores derrotados são o senador Wilder Morais e o deputado federal Gustavo Gayer. Jair Bolsonaro é outro dos grandes derrotados. Fred Rodrigues perdeu a Prefeitura de Goiânia, mas não chega a ser líder.
Mas, além de Márcio Corrêa, há um grande vitorioso no PL de Goiás — o ex-deputado federal Major Vitor Hugo, que foi eleito o vereador mais votado da capital.
Major Vitor Hugo é bolsonarista-raiz — não é “bolsonarista de 2022”, como Gustavo Gayer e Fred Rodrigues —, mas é um político moderado e agregador. É de direita, posicionado, mas não fica brigando o tempo todo, nem xingando as pessoas de “canalhas”.
No caso de Márcio Corrêa, deve-se a Major Vitor Hugo sua aproximação com o PL.
O que fará Major Vitor Hugo em 2026, daqui a um ano e 11 meses? Pode ser candidato a senador ou a deputado federal. Porque mostrou ter cacife na disputa de 2024. (E.F.B.)