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Denúncias de corrupção de Gayer e de improbidade de Fred complicam bolsonaristas na reta final do 2º turno

Publicada em 26/10/24 às 08:35h - 15 visualizações

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Denúncias de corrupção de Gayer e de improbidade de Fred complicam bolsonaristas na reta final do 2º turno
 (Foto: Rádio Rir Brasil - Itapuranga-Goias : Direção: Ronaldo Castro - 62 9 9 6 0 8-5 6 9 5 )

Gayer  é investigado pela PF por desvio de dinheiro público, Fred responde por mentir ao TRE-GO e a Alego sobre ter se formado em Direito

A situação dos bolsonaristas piorou muito neste segundo turno em Goiânia, por causa das mentiras do deputado cassado Fred Rodrigues e da ação de busca e apreensão da Polícia Federal contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL) que é acusado de desvio de recursos públicos.

Fred Rodrigues mentiu ao Tribunal Regional Eleitoral sobre ser portador de curso superior e também mentiu que era formado em Direito para assumir em 2023 cargo na Promoção de Mídias Sociais , da Assembleia Legislagiva.A função tinha como pré-requisito a formação superior completa.

Além do registro das informações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato afirmou, em entrevistas durante o pleito, ser formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).

A ficha funcional de Fred na Alego foi divulgada na quarta-feira, 23, um dia após o Diário de Goiás porque na noite de terça (22), a Pontifícia Universidade Católica (PUC) revelou que ele nunca concluiu o curso de direito. Conforme a Universidade, o candidato não colou grau e nem teve o diploma expedido.

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) abriu sindicância para apurar o processo de nomeação do ex-deputado estadual e candidato à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), na Diretoria de Promoção de Mídias Sociais da Alego, após cassação de seu mandato, com salário de R$ 21,3 mil. A informação foi publicada pela jornalista Fabiana Pulcineli, no Popular, no jornal O Popular, na noite de quinta-feira (24).

A reportagem expõe que a portaria, assinada pela diretoria-executiva da Presidência da Casa, institui uma comissão formada por quatro integrantes, sendo dois diretores, um secretário e um procurador. O documento também determina, conforme a reportagem, a análise das nomeações de todos os demais cargos de direção e assessoramento superiores que exigem curso superior.

PF encontra R$ 70 mil em dinheiro com assessor de Gayer

O esquema de corrupção no qual Gustavo Gayer é investigado pela Polícia Federal envolve desvio de verba parlamentar e fraudes para uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). A operação, intitulada Discalculia, mira uma associação criminosa que lucrava com o dinheiro público. Os mandados estão sendo executados no imóvel funcional do deputado em Brasília, bem como em sua residência.

A PF apurou que A operação a Ata de Assembleia da OSCIP foi falsificada, de forma retroativa, com data de 2003. Na época, o quadro social da OSCIP era composto por crianças de 1 a 9 anos, segundo os registros disponíveis.

Os delitos, incluem associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos particulares e peculato-desvio.

Durante uma das buscas, foram encontrados mais de R$ 70 mil em dinheiro vivo na casa de um assessor de Gayer.

Dinheiro desviado mantinha escola de inglês e loja de roupas

Segundo as investigações da PF, o bolsonarista, que se declara defensor dos valores conservadores, usava a cota parlamentar para manter a escola Gustavo Gayer Language e a loja Desfazueli, registrada em nome de seu filho. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o espaço alugado para o gabinete do deputado também abrigava as operações das duas empresas, o que configuraria o uso indevido de verba pública.

“O espaço locado para o gabinete parlamentar […] seria utilizado simultaneamente para as operações da escola de inglês e da loja de roupas”, diz o relatório – Gayer teria usado R$ 6 mil mensais da cota parlamentar para manter as atividades comerciais desde fevereiro de 2023.

Envolvimento nos atos antidemocráticos

Gayer teria atuado junto a um empresário de Goiás para financiar os atos antidemocráticos em 2023. A apuração teve início no contexto dos atos golpistas de 8 de janeiro. O empresário, que trabalha para Gayer, também foi alvo de busca e apreensão, quebra de sigilo telemático e prisão preventiva por “incitação, financiamento e participação na tomada dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes”, conforme informou a PF. A corporação diz ter identificado, ao analisar o celular do empresário apreendido, elementos de desvio de recursos “que teriam, em tese, contribuído para movimentar e direcionar os atos antidemocráticos”.

Ainda de acordo com a polícia, o grupo operava em duas frentes: uma no gabinete do deputado, com a participação de assessores e pessoas próximas, e outra envolvendo indivíduos relacionados a um contador, que estavam “engajados na criação de associações de fachada ou ‘laranjas'”.

“Essas entidades seriam utilizadas para viabilizar o desvio de recursos públicos, sendo essa operação perpetrada pelo núcleo associativo vinculado diretamente ao gabinete do deputado”, disse a PF.

Leia a íntegra da nota da PF sobre a operação contra Gustavo Gayer

“A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (25/10) a operação Discalculia, com o objetivo de desarticular associação criminosa voltada para desvio de recursos públicos (cota parlamentar), além de falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

De acordo com as investigações, o objetivo final dos autores era a destinação de verbas parlamentares em favor desta OSCIP.

Cerca de 60 policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília/DF, Cidade Ocidental/GO, Valparaíso de Goiás/GO, Aparecida de Goiânia, e Goiânia/GO.

Os delitos investigados são: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.

A operação recebe o nome de “DISCALCULIA – transtorno de aprendizagem relacionado a números –“ porque foi identificada falsificação na Ata de Assembleia da constituição da OSCIP, consistente em data retroativa (ano de 2003). Porém, o quadro social à época seria formado por crianças de 1 a 9 anos”.




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