Dois produtores de queijo do Distrito Federal foram premiados no VII Prêmio Queijo Brasil, que aconteceu na última semana em Blumenau (SC). Giovana Navarro, da Cabríssima Queijaria (núcleo rural Lago Oeste), e Gilda Barbosa, da Queijaria Walkyria (área rural de São Sebastião), foram agraciadas com medalhas de ouro, prata e bronze. Uma equipe da Emater-DF acompanhou as produtoras no concurso.
De acordo com a extensionista rural Fernanda Lima, que atua na Equipe Especializada em Agroindústria da empresa, a premiação coroa o trabalho dos produtores assistidos pela Emater-DF. “É um reconhecimento nacional, que consolida a produção de queijos no DF e fortalece toda a cadeia produtiva na capital”, comemora. Fernanda acrescenta que a empresa está planejando um concurso de queijos local, previsto para acontecer em setembro deste ano.
A convite da organização, a extensionista foi jurada no concurso, que aconteceu entre os dias 11 e 14 de julho. “Foi uma experiência muito rica, que vai nos dar subsídios para elaborar o nosso concurso”, vislumbra. “A Emater-DF tem como foco o incentivo à criação de agroindústrias no campo. É uma forma de elevar a renda dos produtores e fortalecer a economia local”, observa Fernanda.
Em maio deste ano, a Emater-DF lançou a Rota do Queijo Artesanal. A iniciativa reúne oito precursores na produção de laticínios e criação de ovelhas e cabras com o objetivo de aquecer a cadeia produtiva e o turismo rural.
Para a produtora Giovana Navarro, da Cabríssima Queijaria Artesanal, as medalhas dão visibilidade ao trabalho de 25 anos realizado junto com o marido, Aurelino de Almeida Sampaio Filho. “O prêmio é importante porque faz não só a sociedade, mas também outros órgãos do governo a enxergar a capacidade produtiva da nossa cadeia”, observa. A produtora já foi agraciada em concurso mundial em São Paulo, que reuniu queijeiros de 15 países e na Expoqueijo Brasil, em Araxá (MG) em junho deste ano.
Giovana e o marido começaram a trabalhar com cabras há 25 anos, mas a regularização foi conquistada há quatro anos, desde 2020. “Sempre quisemos criar esses animais, por causa da alta qualidade do leite e a doçura deles. “Graças às orientações da Emater, conseguimos aperfeiçoar o manejo e a qualidade dos nossos produtos”, afirma. Atualmente, a queijaria trabalha também com turismo rural, oferecendo passeios e mesa com vinho e tábua de queijos. “Estamos trabalhando para estimular a Rota do Queijo Artesanal, pois todos ganham com essa ação”, acrescenta.
A produtora Gilda Cabral, da Queijaria Walkyria, encara a premiação como um reconhecimento do trabalho árduo que vem desenvolvendo na fabricação, principalmente, de queijo coalho. “Produzir laticínios no DF sempre foi um desafio, mas com a Rota do Queijo e outros incentivos da Emater-DF e do GDF, temos boas perspectivas de consolidação da cadeia”, acredita. Ela também vê na Emater-DF uma grande apoiadora do seu trabalho. “Os extensionistas conhecem de perto nossa realidade e tem sido fundamental no desenvolvimento da nossa atividade”, completa. Este foi o primeiro prêmio recebido pela sua fábrica.
Criado em 2014, o Prêmio Queijo Brasil envolve produtores rurais, comerciantes, consumidores, chefs de cozinha, jornalistas, extensionistas e empresários do ramo de bares e restaurantes. A cadeia produtiva reúne aproximadamente 50 mil famílias no país.
Também participaram da viagem a turismóloga Zaida Regina e o técnico em agroindústria Paulo Álvares, além do gerente de de Segurança e Qualidade Alimentar da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vegetal (Dipova) da Secretaria de Agricultura, Wendel Neiva Martins Lago.