Ministra dos Direitos Humanos no primeiro governo de Dilma Rousseff (2011 a 2014), a deputada Maria do Rosário (PT-RS), uma militante histórica dessa área, destoou da orientação de seu partido e foi a única petista a votar contra a saída temporária dos presos. A parlamentar se posicionou pela derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia mantido o direito do presidiário de se encontrar com seus parentes em datas comemorativas, como Natal e Dia das Mães.
Outros 59 deputados do PT acompanharam o governo e votaram a favor do veto presidencial. Oito parlamentares petistas se ausentaram e não se manifestaram: Waldenor Pereira (BA), Zé Neto (BA), Reginaldo Lopes (MG), Leonardo Monteiro (MG), Washington Quaquá (MG), Dimas Gadelha (RJ), Denise Pessoa (RS) e João Daniel (SE).
Procurada pelo Correio, Rosário informou, por intermédio de sua assessoria, que não iria comentar o seu posicionamento contra o fim da saidinha na sessão de ontem.
A posição da parlamentar, que é pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre (RS) nestas eleições, diverge da postura que adotou em agosto de 2022, quando a Câmara aprovou pela primeira vez, por 311 votos favoráveis a 98 contrários, o fim do direito dos presos à saída temporária. Nesta, a ex-ministra votou contra a proposta. Foi um dos 98 votos que tentaram derrubar a iniciativa.