Se o deputado federal Gustavo Gayer desistir da disputa para prefeito de Goiânia — por falta de ânimo com a micropolítica (montagem de chapa de candidatos a vereador, pedidos de apoios financeiros etc.) —, o PL já tem um pré-candidato pronto para ser candidato. Trata-se do deputado federal Major Vitor Hugo, primeiro-amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mas há quem aposte que Major Vitor Hugo pode acabar compondo com o pré-candidato a prefeito pelo União Brasil, Sandro Mabel. Ele seria o vice. Mas com uma condição: daqui a dois anos e cinco meses, seria escolhido como candidato a senador na chapa do vice-governador Daniel Vilela (MDB), que será candidato a governador, e de Gracinha Caiado (União Brasil), que será candidata a senadora.
Sim, está longe. Mas, na verdade, não há longe em política. Tanto que já há vários pré-candidatos à sucessão do presidente Lula da Silva (PT): o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do Novo, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos. Portanto, não há cedo em política — só tarde.
Há, claro, a possibilidade de Gustavo Gayer, um político imprevisível — até por ser antipolítico —, não sair da disputa. Assim, o quadro será outro.
Ana Paula Rezende é uma vice cobiçada. Mas pintou estresse entre a filha de Iris Rezende e Sandro Mabel. Ela é o nome mais lembrado do MDB para vice.
No MDB, sem Ana Paula Rezende, o nome preferido para vice é o do ex-presidente do TCM Paulo Ortegal. Na última gestão de Iris Rezende, na Prefeitura de Goiânia, ninguém foi tão próximo do ex-prefeito quanto Paulo “Itamaraty” Ortegal. Daniel Vilela tem imenso apreço por ele — assim como por Ana Paula Rezende e Agenor Mariano.
Comenta-se que, com sua imensa estrutura em Goiânia — com o maior número de vereadores —, o MDB não vai abrir mão da vice de Sandro Mabel. “Ninguém que é grande deixa se apequenar em eleições. O MDB já não tem o pré-candidato a prefeito, por isso fará questão de indicar o vice”, sugere um vereador.
Há outros nomes na praça, como o deputado estadual Cairo Salim (ligado ao presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto), do PSD, e Romário Policarpo (presidente da Câmara Municipal de Goiânia), do PRD. Cairo Salim só poderá ser vice se o pré-candidato do PSD a prefeito, Vanderlan Cardoso, recuar para apoiar Sandro Mabel (ele tem dito que, mesmo estando isolado, não recuará).
Um nome muito citado é o de Mayara Mendanha. Por dois motivos. Primeiro, por ser evangélica. Segundo, por ser mulher do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha, que, de acordo com pesquisas, se tornou influente na capital. (E.F.B.)