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Com silêncio de Lula, ministros e governistas lembram golpe militar

O presidente, buscando reconstruir laços com os militares, teria dado ordens para que nenhum membro do governo realizasse atos, solenidades, discursos ou que material fosse produzido em memória dos 60 anos do golpe militar

Publicada em 31/03/24 às 21:42h - 23 visualizações

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Com silêncio de Lula, ministros e governistas lembram golpe militar
 (Foto: Rádio Rir Brasil - Itapuranga-Goias : Direção: Ronaldo Castro - 62 9 9 6 0 8-5 6 9 5 )
Há 60 anos o golpe militar ocorria e a ditadura militar começava no Brasil - (crédito: Reprodução/TRE-BA)
Foto de perfil do autor(a) Ândrea Malcher
Ândrea Malcher 
postado em 31/03/2024 16:51

Mesmo com silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a data histórica de 60 anos do golpe militar e do início da ditadura, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, falou sobre a data. Em uma postagem nas redes sociais ele repudia a ditadura militar e pede que a ditadura não se repita “porque queremos um país social e economicamente desenvolvido e não um ‘Brasil interrompido’”.

“Por que ditadura nunca mais? Porque queremos um país soberano, que não se curve a interesses opostos aos do povo brasileiro. Porque queremos um país institucional e culturalmente democrático. Porque queremos um país em que a verdade e a justiça prevaleçam sobre a mentira e a violência. Porque queremos um país livre da tortura e do autoritarismo. Porque queremos um país sem milícias e grupos de extermínio”, opinou ele.

Em busca de reconstruir pontes com os militares, o presidente Lula determinou e orientou que seus ministros e o governo não realizassem atos, solenidades, discursos ou que material fosse produzido em memória dos 60 anos do golpe militar. O Correio apurou que o presidente se reuniu com Silvio Almeida no começo do mês para tratar do tema. O Palácio do Planalto informou que não iria comentar o assunto. A assessoria do Ministério dos Direitos Humanos, por sua vez, negou que o encontro entre Almeida e Lula tenha ocorrido.

Apesar do silêncio do Planalto, Almeida não foi o único ministro a relembrar a importância da data. O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, pontuou que a “esperança e a coragem derrotaram o ódio, a intolerância e o autoritarismo”. “Defender a democracia é um desafio que se renova todos os dias”, disse.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, decidiu homenagear a ex-presidente Dilma Rousseff, que ficou presa por três anos durante a ditadura e integrou grupos que lutavam contra o regime.

“DEMOCRACIA SEMPRE!!! Minha homenagem nesta data é na pessoa de uma mulher que consagrou sua vida à defesa da Democracia, Dilma Rousseff. Que a Luz da Democracia prevaleça, SEMPRE. Essa é a causa que nos move”, declarou.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, homenageou a todos que foram presos, torturados “ou que tiveram seus filhos desaparecidos e mortos na ditadura militar." "Que o golpe instalado há exatos 60 anos nunca mais volte a acontecer e não seja jamais esquecido”, declarou.

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), destacou a criação do PT, em 1980, motivada pela “defesa da democracia e dos direitos do povo”, para “recordar o passado”.

Os líderes governistas no Congresso também falaram sobre os 60 anos desde o golpe militar nas redes sociais. José Guimarães (PT-CE), líder na Câmara, destacou ser “crucial lembrar daqueles que sofreram e resistiram durante esse período”.

Já o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) relembrou a famosa frase de Ulysses Guimarães, que afirmou que “traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério."

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