A juçara foi durante muitos anos mais conhecida por seu palmito, macio e saboroso, do que por ser uma palmeira típica da Mata Atlântica.
Durante a ditadura militar, o governo chegou a estimular a instalação de indústrias — notadamente no Vale do Ribeira, na parte sul do estado de São Paulo — para sua exploração.
Muitos caiçaras — povo tradicional de áreas litorâneas de partes das regiões Sul e Sudeste do Brasil — se tornaram palmiteiros, aqueles que viviam da extração do palmito.
Com a ameaça de extinção da palmeira e a evolução da legislação ambiental, a partir dos anos 1980, os palmiteiros deixaram de ser incentivados e passaram a ser perseguidos por conta de crimes ambientais. A extração do palmito significa a morte da planta.
O impacto ambiental não termina aí. Como a juçara é uma importante fonte de alimento para os animais que vivem na floresta, áreas sem a árvore perdem também a diversidade de sua fauna.