Você já deve ter ouvido falar em crédito de carbono, certo? Mas sabe para que ele funciona na prática? Por que empresas que anunciam compromissos com o meio ambiente, como o iFood, voltam cada vez mais seus olhares para o crédito de carbono enquanto alternativa para a neutralização?
A resposta na própria origem dos créditos de carbono, que são gerados por projetos ambientais que capturam gases de efeito estufa ou que evitam e até reduzem a emissão dos mesmos. Os créditos só podem ser negociados no mercado de créditos de carbono se tiverem a certificação concedida por uma certificadora internacional de carbono.
Os créditos de projetos de conservação florestal adquiridos pelo iFood no âmbito do programa Entrega Neutra, do compromisso iFood Regenera, foram certificados pela Voluntary Carbon Standards (VCS). Cada crédito de carbono equivale a uma tonelada de carbono capturada e que ainda ajuda a combater o desmatamento na Floresta Amazônica.
Para equilibrar a equação entre emissões de CO2 nas entregas por modais poluentes e a preservação do meio ambiente, o iFood adquiriu em crédito de carbono o equivalente a mais de 115 mil toneladas de CO2. Na prática, isso significa proteger 1.250.000 metros quadrados da Floresta Amazônica no segundo semestre de 2021, uma área do tamanho de 125 campos oficiais de futebol.
Com essa iniciativa, mediada pela startup Moss – especializada em projetos ambientais e no mercado de crédito de carbono -, a ideia é preservar as florestas de uma das regiões de maior desmatamento do bioma amazônico no país: no chamado “arco do desmatamento”, uma faixa que vai do Pará ao Maranhão.
Projetos beneficiados
Um dos projetos beneficiados com a aquisição de créditos de carbono feita pelo iFood é o Fazenda Fortaleza Ituxi, em Lábrea. Essa pequena cidade no sul do Amazonas, carinhosamente conhecida como “Princesinha do Purus”, tem tradição agrícola e é uma das que mais sofrem com o desmatamento na região, especialmente por causa da expansão da pecuária.
A Fazenda Fortaleza Ituxi tem 150 mil hectares destinados à preservação ambiental. Para evitar o desmatamento, o projeto incentiva o manejo sustentável desde 2013 e capacita a comunidade local para explorar economicamente os recursos florestais de maneira equilibrada, tanto na pecuária como no cultivo de açaí e de castanhas.
Hoje, os trabalhadores de Lábrea recebem treinamento técnico em pecuária sustentável e manejo florestal; no futuro, o projeto estuda instalar uma pequena fábrica de processamento de produtos não madeireiros e um viveiro de produção de mudas.
“Quando começamos, desdenharam do projeto. Diziam para eu desmatar tudo e criar gado. Hoje me procuram perguntando sobre como podem investir também”, comenta Ricardo Stoppe Jr., proprietário da Fazenda Ituxi. “Se a viabilização financeira se mantiver com a venda dos créditos de carbono, eu realmente acredito que a Amazônia pode ser salva.”
Este é um dos diversos projetos com os quais a Moss trabalha em seu eixo de preservação ambiental por meio da negociação de créditos de carbono. Ele se enquadra na categoria REDD (sigla em inglês para Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), que está no foco das ações do iFood por oferecer um incentivo econômico para reduzir as emissões de gases de efeito estufa –especialmente as que podem ser evitadas com a redução do desmatamento.
Assim como os demais projetos avalizados pela Moss.Earth, o Fazenda Fortaleza Ituxi passou por um processo de diligência e é certificado pela VERRA, o maior e mais importante órgão de certificação de redução de emissão de carbono do mundo.
Ao adquirir créditos de carbono para compensar suas emissões de CO2, o iFood ajuda a combater o desmatamento na Amazônia e a manter vivas as florestas que vão capturar o gás carbônico da atmosfera naturalmente, hoje e no futuro. “Proteger a floresta amazônica é proteger o principal ativo brasileiro contra mudanças climáticas. Para combater o desmatamento, queremos trabalhar com projetos focados na conservação e no manejo florestal e que valorizem a bioeconomia em sua região”, afirma André Borges, head de Sustentabilidade do iFood.