A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11/8) uma operação nesta contra pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, entre elas militares, suspeitos de participarem de um esquema de venda ilegal de presentes recebidos por Bolsonaro durante compromissos oficiais.
O dinheiro obtido com a venda, diz a PF, seria destinado a Bolsonaro. Segundo a PF, os crimes investigados nessa etapa da operação são peculato e lavagem de capitais.
A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e é um desdobramento das investigações sobre o destino de joias recebidas pelo ex-presidente enquanto estava no poder. Apesar de as investigações terem Bolsonaro como um dos alvos, a operação de hoje não teve nenhuma medida contra o ex-presidente.
Quatro pessoas foram alvo da operação: o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, que está preso; o pai dele, o general do Exército Mauro Cesar Lorena Cid; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em processos judiciais.
A BBC News Brasil enviou perguntas ao advogado de Mauro Cid, Bernardo Fenelon. As perguntas foram endereçadas a Mauro Cid e seu pai, mas Fenelon não respondeu aos questionamentos. A reportagem também enviou questões ao advogado e ex-secretário de comunicação de Bolsonaro, Fabio Wajngarten. Ele não respondeu às perguntas.