Desde sexta-feira, 3, o Jornal Opção tem procurado, sem resposta, os deputados federais do PT, delegada Adriana Accorsi e Rubens Otoni, para questionar sobre as recentes ocupações do MST em terras produtivas e agora sobre prisão de José Rainha.
O retorno das invasões pelo Movimento Sem Terra (MST), apontadas pelos proprietários como produtivas, deixam o governo federal em situação complicada. É que o Palácio do Planalto tenta se aproximar do agronegócio – a principal base de apoio bolsonarista, mas quer ficar bem com os movimentos que cobram reforma agrária e que engrossam a massa de apoio ao lulopetismo.
Embora não atue com o mesmo rigor adotado contra o movimento antidemocrático que ocupou os prédios dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, garantiu que o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é contrário à prática do MST.
“Em hipótese alguma vamos compactuar com invasão de terra produtiva”, disse Fávaro, durante a abertura da edição 2023 da Expodireto Cotrijal, na cidade de Não-Me-Toque (RS). “Trago essa mensagem do presidente Lula”, emendou.
Resposta do governo federal
Para o ministro Carlos Fávaro, a prisão do fundador da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha Júnior, suspeito de extorquir produtores rurais no interior paulista, foi uma resposta do governo para qualquer indício de ilegalidade. “Outros que queiram continuar tomando atitudes radicais contra propriedade privada sofrerão o rigor da lei”, assegurou o ministro.
Por outro lado, ele defendeu a reforma agrária no país. “O direito à propriedade é legítimo. E o direito de sonhar com um pedaço de terra também é legítimo, [mas] dentro da ordem e da lei”, salientou.
Prisão
A Polícia Civil de São Paulo prendeu, no último final de semana, José Rainha, líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), organização que defende a reforma agrária.A polícia diz que ele é acusado de extorquir donos de propriedades rurais. A corporação informou que eles exigiram vantagens financeiras de ao menos seis pessoas.