Mau perdedor, presidente induziu PL a pedir anulação de 61% das urnas no segundo turno
Em decisão publicada minutos após a coletiva do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que pediu anulação de 279 mil urnas no segundo turno, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, reagiu prontamente à petição da coligação de Bolsonaro.
O ministro determinou prazo de 24 horas para que o questionamento das urnas seja estendido também para o primeiro turno das eleições de 2022, já que as máquinas usadas no segundo turno são as mesmas.
“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. Publique-se com urgência”, diz o despacho registrado no TSE pouco depois das 16 horas desta terça
O pedido feito ao TSE pelo PL cita o laudo técnico de auditoria feito pelo Instituto Voto Legal (IVL), contratado pelo partido, que teria constatado “evidências contundentes de mau funcionamento de urnas eletrônicas”. A legenda não apresenta ao Tribunal, no entanto, a auditoria que baseia o requerimento.
Diante da clara tentativa de tumultuar o ambiente democrático, o presidente do TSE determinou que o PL entregue em 24 horas também o número de urnas que deveriam ter os votos anulados no primeiro turno, já que os aparelhos foram os mesmos usados no segundo turno. O problema é que se o partido questionar a lisura da primeira etapa da eleição, os votos de Bolsonaro e de todos os parlamentares e governadores da sigla estarão sob suspeita, o que eventualmente poderia fazê-los perder os mandatos. Só para lembrar, o PL fez dois governadores e tem a maior bancada da Câmara, com 98 deputados federais, além de eleger oito senadores para os 27 assentos disponíveis no pleito deste ano.
Com informações da CNN, Fórum, Fórum, Brasil247