O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles disse que uma consultoria independente calculou o rombo em R$ 400 bilhões. As declarações foram dadas, nos dois casos, em entrevistas à GloboNews.
“Na minha avaliação, o tamanho do buraco deixado é mais próximo de R$ 400 bilhões, estimado por entidades independentes, do que os R$ 150 bi que o governo está falando”, disse Meirelles à GloboNews
Já o deputado federal e ex-presidente do PT, Rui Falcão, escalado para integrar a comissão de orçamento que acompanha a transição para o governo Lula, estima que Jair Bolsonaro deixou um rombo de pelo menos R$ 350 bilhões nas contas públicas. Segundo Falcão, o valor equivale a 4% do PIB projeto para 2023
A atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que também trabalha na transição de governo – coordenada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin -, disse que Bolsonaro não deixou dinheiro para a merenda escola, para o Auxílio Brasil de R$ 600,00, nem para compra de remédios de distribuição gratuita no SUS.
A equipe de transição do governo Lula está discutindo como ajustar o orçamento 2023 para garantir dinheiro suficiente para arcar com a volta do Bolsa Família turbinado – agora de R$ 600,00 mais R$ 150,00 por criança – e outras promessas de campanha, como o reajuste real do salário mínimo.
Uma ala está debatendo com o grupo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), a aprovação da “PEC da transição”. Mas ainda há a possibilidade de a equipe aceitar sugestão de técnicos do Tribunal de Contas da União de editar um crédito extraordinário por meio de medida provisória.
Com informações do Jornal GGN e TV Globo