Sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, por mais de uma hora no gabinete da ministra presidente, Rosa Weber, nesta terça-feira (1/11). O encontro ocorreu logo depois de Bolsonaro se pronunciar publicamente pela primeira vez desde o término das eleições ocorridas no último domingo (30/10) por volta das 17h40. Na saída do Supremo, por volta das 19h, Bolsonaro não falou com a imprensa.
Após o término da reunião, o ministro Edson Fachin disse seguinte aos jornalistas: “O presidente da República utilizou o verbo acabar no passado. Ele disse ‘acabou’. Portanto, olhar para a frente”. Até o momento, ele foi o único ministro que se pronunciou sobre a reunião.
O ministro Paulo Guedes disse, antes de começar o encontro com os ministros, que Bolsonaro sempre jogou nas quatro linhas da Constituição. Após a reunião, afirmou que a visita ao Supremo foi “cortesia” ao ser questionado sobre o tema da reunião com a cúpula do Judiciário. Guedes disse ainda que a conversa com os ministros foi tranquila e que Bolsonaro já reconheceu o resultado das urnas e “já está tudo certinho”.
Em nota enviada à imprensa após o término da reunião, a presidente do Supremo, Rosa Weber, informou que o convite para a visita do presidente foi feito pela Presidência da Corte. Porém, não especificou os assuntos tratados entre os ministros. De acordo com o texto, “tratou-se de uma visita institucional, em ambiente cordial e respeitoso, em que foi destacada por todos a importância da paz e da harmonia para o bem do Brasil”.
Além de Rosa Weber e Edson Fachin, também estavam presentes no encontro outros cinco ministros do Supremo: André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Gilmar Mendes. Bolsonaro foi acompanhado de Paulo Guedes.
Desde o início da manhã, havia conversas sobre um possível encontro de Bolsonaro com a presidente do Supremo e outros ministros no Palácio do Alvorada. No entanto, o encontro não ocorreu e um dos motivos seria o fato de que Bolsonaro ainda não tinha se pronunciado sobre o resultado das eleições.
Após a fala de Bolsonaro no Palácio do Planalto, o Supremo emitiu uma nota dizendo que “o Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições”.